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    Transição Paulistana

    Doria pretende reavaliar tarifa gratuita de ônibus a idosos em SP

    GIBA BERGAMIN JR.
    RODRIGO RUSSO
    DE SÃO PAULO

    EDUARDO SCOLESE
    EDITOR DE "COTIDIANO"

    18/11/2016 02h00 - Atualizado às 13h28

    Guilherme Brendler/Folhapress
    Já começam a sair do terminal parque dom Pedro ônibus com passageiros
    Ônibus aguarda travessia de pedestres no Terminal Parque Dom Pedro

    Além de estudar um aumento "parcial" da tarifa de ônibus de São Paulo, a equipe do prefeito eleito João Doria (PSDB) considera fundamental promover um debate com a sociedade sobre a questão das gratuidades para usuários de transporte público.

    No sistema municipal, atualmente são beneficiados com o passe livre os idosos acima de 60 anos, as pessoas com deficiência e os estudantes de baixa renda, o que representa, segundo a prefeitura, um total de cerca de 2,1 milhões de pessoas. Há, ainda, o benefício da meia tarifa para estudantes em geral.

    No sistema estadual de transporte público, que inclui o Metrô, a CPTM e a EMTU (ônibus intermunicipais), além desses grupos, os desempregados também são contemplados com gratuidade nas passagens.

    Uma lei municipal nesse sentido chegou a ser aprovada pela Câmara, mas a administração de Fernando Haddad (PT) congelou a implementação do benefício.

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    Segundo a Folha apurou, Doria não deverá retomar essa proposta e ainda pretende colocar em reanálise outros grupos que hoje têm passe livre. Um provável primeiro alvo dessa mudança nas gratuidades são as pessoas com mais de 60 anos.

    O Estatuto do Idoso, lei federal, obriga que as passagens sejam gratuitas apenas para aqueles que tenham 65 anos, mas tanto o governo do Estado quanto a Prefeitura de São Paulo estenderam o benefício por decisões políticas nos últimos anos.

    "Se a cidade fosse rica, aplicaríamos um dinheiro excedente no transporte. O problema é que falta recurso para áreas prioritárias, como saúde e educação. É preciso debater as gratuidades, que, no fundo, estão na conta de quem paga a tarifa", avalia Horácio Figueira, mestre em transportes pela USP.

    REAJUSTE PARCIAL

    A equipe do tucano considera aumentar a passagem para um valor intermediário entre os atuais R$ 3,80 e os projetados R$ 4,40. A intenção é repassar aos usuários apenas os valores gastos pela prefeitura para cobrir benefícios e gratuidades.

    Após a análise das planilhas do transporte, os técnicos da equipe de Doria concluíram que os custos adicionais para manter a tarifa congelada em 2017 chegariam a R$ 1,25 bilhão, um valor suficiente para construir mais de 30 km de corredores exclusivos para ônibus.

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