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    Polícia do Maranhão indicia assassino confesso de sobrinha-neta de Sarney

    DE SÃO PAULO

    23/11/2016 13h49

    Reprodução
    Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto, 33, foi encontrada morta no domingo (14); cunhado foi preso sob suspeita de envolvimento no crime
    Mariana Costa, 33, foi encontrada morta em São Luís; cunhado confessou o crime e foi indiciado

    A Polícia Civil do Maranhão concluiu o inquérito e indiciou o empresário Lucas Porto, 37, por estupro e homicídio triplamente qualificado da cunhada Mariana Costa, 33, sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney, morta no último dia 13 em São Luís.

    Porto confessou o crime à polícia dois dias depois do assassinato, segundo a secretaria.

    De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, a perícia no corpo da vítima mostrou lesões (inchaço na cabeça, marcas de esganadura e manchas nas pernas) que indicam que houve luta corporal.

    Segundo a pasta, as investigações apontam que Mariana foi surpreendida enquanto dormia e que Lucas tentou eliminar os vestígios da cena do crime. "Após o crime, ele gastou tempo arrumando a cama e os lençóis para dar ideia de normalidade à cena, para dar ideia de suicídio ou outro motivo", disse o secretário de Segurança, Jefferson Portela, em nota.

    Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado por, segundo a secretaria, matar a vítima ser condições de defesa, pela motivação torpe e por tentar esconder o crime.

    Em depoimento à polícia, Porto disse que sentia "uma atração muito forte" pela cunhada e tentou abusar sexualmente da vítima no apartamento dela na tarde de domingo.

    Segundo ele, Mariana resistiu ao ataque e houve luta corporal entre os dois, o que acabou resultando na morte dela por asfixia.

    Nos primeiros depoimentos à polícia, o suspeito negou a autoria do crime. Contudo, acabou confessando após a divulgação de vídeos que o mostram deixando o apartamento da vítima na tarde do crime.

    Câmaras de segurança do prédio mostram que Porto esteve três vezes no apartamento de Mariana no dia em que ela foi morta.

    Na primeira vez, ele foi deixar Mariana e as filhas dela em casa após uma confraternização.

    Pouco tempo depois, ele retornou ao local, onde passou cerca de 40 minutos, e saiu apressado pelas escadas. No hall do prédio, fez uma ligação do seu telefone celular.

    Porto retornou ao apartamento ainda uma terceira vez, após ser informado por familiares da morte de Mariana, vestindo outra roupa.

    A polícia informou que ele tinha marcas de arranhões no pulso, no peito e no rosto no momento em que foi detido. A ligação feita no hall de entrada do prédio havia sido apagada de seu telefone.

    Mariana Costa era filha do ex-deputado estadual Sarney Neto.

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