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    Mortalidade infantil atinge o menor nível em 41 anos, aponta IBGE

    LUCAS VETTORAZZO
    DO RIO

    24/11/2016 10h00 - Atualizado às 11h40
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    Paul V. Kuntz-25.out.2016/Texas Children's Hospital
    Lynlee Boemer teve de ser retirada do útero de sua mãe para uma cirurgia vital
    Lynlee Boemer teve de ser retirada do útero de sua mãe para uma cirurgia vital

    A mortalidade de crianças menores de um ano de idade, importante indicador de desenvolvimento social de um país, vem em escala decrescente no Brasil e atingiu seu menor nível em 41 anos.

    Em 2015, a morte de bebês menores de um ano de idade representou 2,5% de todos os óbitos do país. Dez anos antes, em 2005, esse percentual era de 4%. Em 1974, a morte de bebês com essas características chegava a 28% do total.

    Se consideradas crianças menores de cinco anos de idade, em 1974, a taxa era ainda mais alta, para 35,6%. Em 2015, ela ficou em 3%. Os dados fazem parte da Estatística de Registro Civil, divulgado nesta quinta-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O instituto divulga os dados anualmente e a série histórica começa em 1974.

    Óbitos - No Brasil, entre 1974 e 2015

    Segundo a pesquisa, 31.160 crianças menores de um ano morreram em 2015 no país. O total representou queda de 21,9% em relação ao apurado dez anos antes, de 39.921. A pesquisa lista alguns fatores que ajudaram na queda do indicador, todos relacionados à melhora da qualidade de vida e a ampliação ao acesso a serviços básicos e de saúde no país.

    Houve, segundo o IBGE, "aumento da escolaridade feminina, a elevação do percentual de domicílios com saneamento básico adequado (esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo), além do maior acesso da população aos serviços de saúde".

    Segundo o instituto, houve ainda "relativa melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida dos nascidos".

    "Enfim, diversas ações advindas não somente das esferas governamentais, mas também de entidades privadas e organizações sociais, foram conduzidas com o propósito de reduzir a mortalidade infantil e infantojuvenil", explica a pesquisa.

    MÃES

    O estudo mostrou ainda que houve melhora na idade com que as mães têm filhos. As mulheres estão sendo mães mais tarde do que eram em 2005. De acordo com o IBGE, 25,14% dos nascimentos no país em 2015 eram de mães entre 20 e 24 anos de idade. Há dez anos, esse percentual era de 30,9%.

    Na outra ponta, houve aumento das mulheres que optaram por ter seus filhos em fase mais adiantada da vida. O instituto registrou aumento na fatia dos nascimentos de mães com 30 e 34 anos (20,3% do total) e de 35 a 39 anos (10,5%). Em 2015, esses percentuais eram, respectivamente, de 15% e 7%.

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