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    Noiva que morreu em queda de helicóptero faria surpresa a noivo

    ARTUR RODRIGUES
    DE SÃO PAULO

    04/12/2016 21h59

    Jorge Araújo/Folhapress
    Local do acidente, em São Lourenço da Serra, na Grande SP
    Local do acidente, em São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo

    A noiva que morreu no acidente de helicóptero na tarde deste domingo (4) queria surpreender o noivo chegando ao casamento a bordo da aeronave.

    Rosemere do Nascimento Silva, 32, era auxiliar de enfermagem e ia se casar com Udirley Marques Damasceno, 34, chaveiro. Ela e outras três pessoas –incluindo seu irmão e a fotógrafa do casamento– voavam em direção ao sítio Recanto Beija-Flor, em São Lourenço da Serra (Grande SP), onde haveria a festa.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Uma das únicas pessoas que sabia da surpresa era Carlos Eduardo Baptista, administrador do espaço. Ele afirma que tudo estava pronto para a cerimônia, mas a noiva não chegava.

    Ele ligou para a empresa responsável pelo voo e também para a polícia a fim de descobrir o motivo do atraso.

    "Quando ficou confirmado que os quatro tinham morrido, chamei o pastor e o noivo para dar a notícia. Ele ficou chocado, chorou muito", diz.

    Ele afirma que em seguida deu a notícia também aos convidados.

    Como os noivos eram evangélicos, um pastor celebraria a cerimônia, que seria validada também por um juiz. Em seguida, haveria um jantar para os convidados, sem distribuição de bebidas alcoólicas.

    Segundo Baptista, os parentes das vítimas levaram alimentos para distribuir a entidades assistenciais.

    ACIDENTE

    De acordo com os bombeiros, além da noiva, estavam no helicóptero um irmão dela e a fotógrafa do casamento, que estava grávida.

    O helicóptero caiu sobre uma área de chácaras, no bairro Barrinha. O vigilante Rubens Pires, 36, diz que ele dava voltas, como se procurasse um local para pousar.

    "Ele foi e voltou duas vezes. A hélice parece que se desfez e depois ouvimos um barulho do helicóptero caindo no meio das árvores", afirmou.

    A cuidadora Cíntia Camargo Pires, 35, disse que viu a aeronave girando antes de cair. "Estava saindo fumaça. A hélice estava parada, e o helicóptero é que girava", disse.

    No horário da queda, a região tinha tempo encoberto, com neblina e chuva fraca.

    A aeronave modelo Robinson 44 havia sido comprada recentemente, segundo informações da Anac (agência de aviação civil). A situação dela era regular.

    Segundo a Anac, houve dois acidentes fatais em 2015 com o modelo. Ao todo, o país teve 13 acidentes de helicóptero no ano passado, com todos os modelos, sendo cinco com mortes. De 2006 a 2015, houve 211 acidentes de helicóptero no Brasil.

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