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    Carros diminuem sua participação e velocidade aumenta nas vias de SP

    DE SÃO PAULO

    06/12/2016 17h00 - Atualizado às 18h22

    Um levantamento divulgado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e divulgado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" aponta que a participação dos carros no trânsito da capital paulista caiu enquanto o das motos cresceu em 2015, na comparação com o ano anterior. A velocidade nas principais vias da cidade também foram analisadas e registraram um aumento no período.

    Segundo os dados, os carros totalizavam 78,9% dos veículos nas ruas de São Paulo em 2015, o que representa uma queda de 1,3 pontos percentuais em relação ao ano anterior (80,2%). Essa também é o menor participação de carros na composição do trânsito paulistano desde 2011, quando eles representavam 78% dos veículos.

    Já as motos foram 16,3% dos veículos circulantes na cidade no ano de 2015, o que corresponde ao maior percentual apresentado no relatório, que tem comparações desde 2008. Os demais tipos de veículos aparecem com percentuais bem menores: caminhão (1,6%), ônibus urbano (2,3%), ônibus fretado (0,4%) e bicicletas (0,5%).

    Danilo Verpa - 11.mar.16/Folhapress
    Trânsito parado na marginal Tietê, próximo a ponte Atílio Fontana; velocidade aumenta nas vias de SP
    Trânsito parado na marginal Tietê, próximo a ponte Atílio Fontana; velocidade aumenta nas vias de SP

    Além da análise da frota, o relatório "Volumes e Velocidades", publicado anualmente, apontou ainda a diminuição do trânsito e o aumento das velocidade nas principais vias de São Paulo.

    No pico da manhã, que vai das 7h às 10h, a velocidade média foi de 20,7 km/h (em 2014) para 22,1% (em 2015), no sentido centro, e de 25,8 km/h para 29 km/h no sentido bairro. Já no pico da noite, que vai das 17h às 20h, a mudança foi de 23,4 km/h para 24 km/h no sentido centro, e de 16 km/h para 17,9 km/h no sentido bairro.

    Esse é o segundo ano seguido em que há aumento das velocidades nos dois horários de pico, com exceção dos trechos sentido bairro no período da manhã, que tinham registrado queda da velocidade média entre os anos de 2013 e 2014.

    Ao todo, foram analisados 29 corredores da cidade no levantamento, sendo que apenas 16 deles estavam também contemplados no levantamento do ano anterior. Além disso, as marginais Tietê e Pinheiros, que normalmente têm velocidades maiores por se tratarem de vias classificadas como de trânsito rápido, foram pesquisadas em 2015.

    Entre as vias com trecho de velocidade média inferior a da cidade estão: a estrada de Itapecerica (5,2 km/h no pico da manhã), a av. Rebouças (5,2 km/h no pico da tarde), a av. João Dias (5,5 km/h no pico da tarde), a av. dos Bandeirantes (6,4 km/h no pico da tarde), a av. Cruzeiro do Sul (7,2 km/h no pico da manhã), entre outras.

    No caso dos índices de retardamento, que incluem congestionamento e espera em semáforos, houve queda na maior parte dos horários analisados.

    Pela manhã, 9% do tempo de viagem foi gasto em congestionamentos (no ano anterior, o número era de 11%) e 17% em espera semafórica (antes era 18%). Já à tarde, 14% do tempo parado ocorreu devido ao congestionamentos (mesmo percentual de 2014) e 13% por conta de semáforos (antes era 15%).

    Para Tadeu Leite, diretor de planejamento da CET, vários fatores podem ter contribuído para a redução da participação dos carros e diminuição do trânsito. O primeiro citado por ele é a mudança de modal pelos motoristas, preferindo motos, que são mais ágeis, e até bicicletas, beneficiadas pelas ciclovias.

    Ele cita ainda a redução do limite de velocidade, como a implantação das "áreas 40" (programa de limites de 40 km/h), como outra possível justificativa para as mudanças, já que contribui para a fluidez do trânsito e para a redução de acidente –ocorrências que também costumam provocar interdições e congestionamento.

    O uso de aplicativos, como o Waze, também é citado por Leite, podendo remover veículos dos corredores principais, migrando-os para vias alternativas menores.

    A pesquisa, publicada desde 1997, tem o objetivo de medir a velocidade e os tempos de retardamentos a fim de conhecer a facilidade ou dificuldade em percorrê-la.

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