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    Transição Paulistana

    Haddad envia proposta urbanística, mas agora depende da base de Doria

    ARTUR RODRIGUES
    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    13/12/2016 02h00

    Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    O prefeito eleito João Doria Jr (PSDB) se encontra com o prefeito Fernando Haddad (PT) para as tratativas de transição do cargo, nesta sexta-feira (7), na Prefeitura de São Paulo.
    João Doria se encontra com Fernando Haddad para as tratativas de transição na Prefeitura de São Paulo

    No último mês de mandato, o prefeito Fernando Haddad (PT) enviou para a Câmara projeto para viabilizar uma das principais promessas de campanha, o Arco do Futuro. Como não serão votadas neste ano, as mudanças urbanísticas propostas pelo petista ficarão nas mãos da base aliada do prefeito eleito João Doria (PSDB).

    O projeto do Arco Tietê prevê um plano de desenvolvimento no eixo do rio Tietê, por meio de concessões de equipamentos e incentivos para atrair novos empreendimentos em uma área de 60 milhões de m². O Anhembi, que já está na lista das privatizações do prefeito eleito João Doria (PSDB), está incluído no pacote.

    O mercado imobiliário pagará taxas para construção, que serão investidas em melhoras urbanísticas na própria região. Entre os planos, estão mudanças viárias, melhoria na drenagem e criação de áreas verdes.

    A parte que previa melhoramentos viários no eixo do Tietê foi aprovada em setembro. Segundo o plano, haverá a construção de avenidas com com mais de 30 quilômetros de extensão, além de permitir o alargamento de 45 km de vias já existentes.

    No ano passado, Haddad enviou outra parte do Arco do Futuro, o Arco Tamanduateí, que prevê melhorias urbanas nos arredores da avenida do Estado. O projeto passou por diversas audiências públicas, mas ainda não foi votado.

    O vereador Paulo Frange (PTB), que foi relator da lei de zoneamento, diz que o projeto para a região do Tamanduateí deve ir a votação no próximo ano, enquanto a proposta relativa à região do Tietê ficará para 2018. "O Arco Tietê é de complexidade maior que o Tamanduateí, tem um aeroporto (Campo de Marte), Anhembi, o [estádio do] Canindé, um debate de no mínimo de um ano, um ano e meio", afirma.

    Frange afirma acreditar que a gestão Doria faça ajustes, mas não mude o conceito do projeto, considerado por ele bastante moderno.

    ANÁLISE

    A equipe de Doria afirma que analisará os projetos urbanísticos enviados por Haddad. "Cada uma dos ações propostas no conjunto de projetos será analisado pela futura gestão e, caso estejam em conformidade com os planos e as metas do prefeito eleito João Doria, serão levados adiante", diz nota da assessoria de imprensa do futuro prefeito.

    A base aliada de Doria diz que o projeto só será analisado no ano que vem e há possibilidades de alterações no texto original de Haddad.

    "Acho muito difícil esse texto ser votado neste ano. Não somos contra, mas precisamos de muito tempo para estudá-lo", disse o vereador Milton Leite (DEM), favorito para assumir a presidência da Câmara.

    Desafios de Doria

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