Vereadores da Câmara Municipal de São Paulo desistiram de votar na noite desta sexta-feira (16) a proposta de aumento de 26,3% em seus próprios salários em 2017. Segundo o vereador Milton Leite (DEM), a votação não deve acontecer neste ano.
A sessão desta sexta caiu após os vereadores não entrarem em acordo sobre os projetos que seriam votados, além de alguns parlamentares terem deixado a Casa. Houve constrangimento a respeito do reajuste, com o plenário cheio de pessoas ligadas a movimentos sociais interessadas em votar projeto ligado a área da cultura.
Os vereadores ganham atualmente R$ 15.031,76. Com o reajuste previsto do projeto da mesa diretora da Casa, o salário dos 55 parlamentares subiria para R$ 18.991,68.
Os vereadores justificam a medida devido ao "gigantismo de São Paulo, a maior cidade do Brasil, cujos problemas sociais, econômicos, políticos e culturais exigem dos vereadores envolvimento dedicação proporcionais à responsabilidade do mandato que exercem".
Eles afirmam também no projeto que o aumento não compromete o orçamento e não fere a Lei de Responsabilidade Fiscal. O teto dos vereadores é de 75% do salário dos deputados estaduais, de R$ 25 mil.
O vereador Adilson Amadeu (PTB) afirmou que os parlamentares seguem a lei e que o aumento seria "irrisório". "O desgaste de ser político hoje já é muito grande. Não é isso que vai desgastar mais um político da Câmara Municipal", disse.
Na próxima terça-feira (20), haverá uma nova sessão para votar o Orçamento de 2017, de R$ 54,5 bilhões, e projetos de compensação tributária.
Juca Varella - 24.out.13/Folhapress | ||
Imagem da Câmara Municipal de SP; vereadores querem aumentar seus próprios salários em 26,3% |