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    Prefeito assumirá Porto Alegre com deficit orçamentário e alta na violência

    PAULA SPERB
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PORTO ALEGRE (RS)

    28/12/2016 02h00

    Ana Paula Paiva/Valor/Folhapress
    Data: 25/11/2016 Editoria: Cultura Reporter: Marli Olmos Salvador Local: Casa Jereisati, Sao Paulo, SP. Setor: cultura Tags: eventos, debate, palestrantes, estrategia, gestao, empresarios, desafios. Detalhe: 9ª Edicao do Encontro de Lideres, da Comunitas. Personagem: Nelson Marchezan Junior, prefeito de Porto Alegre, fotografado durante evento. Foto: Ana Paula Paiva/Valor ***FOTO DE USO EXCLUSIVO FOLHAPRESS***
    Nelson Marchezan Jr. (PSDB), prefeito eleito de Porto Alegre (RS), durante evento

    Com reputação de cidade desenvolvida, Porto Alegre não vive seu momento de maior prestígio. O prefeito eleito Nelson Marchezan Jr. (PSDB) assumirá a administração da cidade com uma previsão de deficit orçamentário de R$ 285,7 milhões em 2017.

    O saldo negativo deve prejudicar diversos serviços prestados pela prefeitura, como saúde e educação.

    Além disso, a capital enfrenta os reflexos da crise política e financeira que assola o Rio Grande do Sul, administrado pelo governador José Ivo Sartori (PMDB).

    Por causa da alta nos índices de criminalidade, agravada por "pedaladas" nos salários dos policiais, a insegurança é uma das maiores preocupações dos porto-alegrenses.

    Esses fatores, somados aos casos de corrupção da prefeitura, serão os maiores desafios a serem enfrentados pelo prefeito eleito, Nelson Marchezan Jr. (PSDB).

    De 1991 a 2010, a capital gaúcha caiu da 5ª para a 28ª posição entre cidades brasileiras no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que mede a qualidade de vida das cidades.

    Com a previsão de rombo no cofre municipal, o futuro prefeito propõe o corte de 16 secretarias, mas não informou qual seria o impacto financeiro da redução.

    Ao mesmo tempo em que prega enxugamento das contas, o tucano criou um projeto para pagar um extra para secretários que forem cedidos pelo Estado, por exemplo. Nesses casos, o funcionário receberia dois salários, o de origem e também o da prefeitura, em torno de R$ 12 mil.

    O combate à corrupção também será um desafio para Marchezan, já que atinge dois órgãos ligados ao partido do seu vice, o PP. Tanto a Fundação de Assistência Social (Fasc) como o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) são investigados por desvio de verba pública. O PP, assim como o PSDB, participou da atual gestão, do prefeito José Fortunati (PDT).

    Procurado, o prefeito eleito não quis dar entrevista.

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