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    Rio de Janeiro

    Em ano de crise, Copacabana se prepara para Réveillon menor

    DO RIO

    31/12/2016 13h08

    Marcelo de Jesus - 31.dez.15/UOL
    Queima de fogos de Copacabana; Associação de PMs e bombeiros pede cancelamento do evento deste ano
    Queima de fogos de Copacabana; associação pede cancelamento do evento deste ano

    Quem for passar a virada do ano na praia de Copacabana verá menos fogos do que no ano passado, e também deve se preparar para um esquema de segurança menor.

    A tradicional queima de fogos vai durar quatro minutos a menos. Nos últimos anos, o show pirotécnico durou 16 minutos. Nesta virada, serão 12. Isso porque a Prefeitura não conseguiu todo o patrocínio que esperava.

    A estrutura da festa, que deverá atrair até 2 milhões de pessoas, segundo a Prefeitura, foi reduzida a apenas um palco. No ano passado, foram dois. Em 2014, três.

    O evento terá como atração principal show com Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Alceu Valença. O palco será montado em frente ao hotel Copacabana Palace. A festa toda custará aos contribuintes cariocas R$ 5 milhões.

    O número de policiais também será menor do que no ano passado. Na praia de Copacabana serão 1.910. No ano passado foram 2.215. Em todo o Estado, 10.694 policiais farão a segurança da população até as 8h do dia 1º, 1.234 a menos do que em 2015.

    Não está claro o que motivou a redução no efetivo. A PM disse que o policiamento foi planejado de acordo com a estrutura montada pela Prefeitura do Rio.

    A Associação de Oficiais Militares Ativos e Inativos da PM e do Corpo de Bombeiros (Aomai) chegou a publicar, na última quarta (28), uma carta pedindo que a Prefeitura cancelasse o Réveillon em Copacabana por conta da "grave crise política e financeira que atravessa o Estado".

    No documento, os policiais e bombeiros dizem que a crise nas finanças do Executivo tem gerado uma onda de protestos violentos e que o Réveillon poderia servir como palco para novas manifestações.

    "A Aomai, antevendo a possibilidade de ocorrência de manifestações que, pela amplitude e quantidade de pessoas envolvidas, poderão tomar proporções violentas e atentatórias à integridade da população presente ao evento, recomenda o cancelamento dos shows artísticos e pirotécnicos no município do Rio", diz a carta, assinada pelo presidente da associação, coronel Adalberto de Souza Rabello.

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