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    Vacina contra HPV começa a ser aplicada também em meninos

    DE BRASÍLIA

    03/01/2017 12h22

    Robson Ventura-10.mar.2014/Folhapress
    Menina recebe vacina contra HPV na Casa do Adolescente, em Pinheiros
    Menina recebe vacina contra HPV na Casa do Adolescente, em Pinheiros

    Meninos de 12 a 13 anos já podem ser vacinados na rede pública contra o HPV a partir desta semana, informou o Ministério da Saúde. Até então, a vacina era indicada apenas para meninas de 9 a 13 anos.

    Com a ampliação da oferta, o Brasil se torna o primeiro país da América Latina a oferecer imunização também para meninos, e o sétimo do mundo –outros países que já ofertam a proteção também para meninos são Estados Unidos, Austrália e Israel, por exemplo.

    Ao todo, foram adquiridas seis milhões de doses que serão disponibilizadas nas unidades de saúde. A expectativa é vacinar 3,6 milhões de meninos até o fim deste ano.

    Inicialmente, a vacina será ofertada apenas para meninos de 12 a 13 anos. Nos próximos anos, no entanto, a ideia é ampliar a faixa etária de vacinação aos poucos –até atingir todos os meninos de 9 a 13 anos em 2020.

    O que é HPV?

    Assim, em 2018, a vacina será indicada também para meninos de 11 a 12 anos, seguidos dos meninos de 10 a 11 anos em 2019 e de 9 a 10 anos em 2020.

    Além do primeiro grupo de meninos, cerca de 99.500 crianças e jovens de 9 a 26 anos que vivem com HIV também devem receber as doses neste ano.

    Para as meninas de 9 a 13 anos, a vacina continua a ser recomendada, como já vinha ocorrendo nos anos anteriores. A novidade é que, neste ano, meninas de 14 anos que não tenham tomado a vacina ou que não completaram o esquema vacinal também poderão receber a imunização. Segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que 500 mil meninas dessa faixa etária estejam com doses em atraso.

    DOSES

    Em geral, a vacina contra o HPV é aplicada em duas doses, com intervalo de seis meses entre a primeira e a segunda. Para portadores de HIV, no entanto, são indicadas três doses, com intervalos de dois meses para a segunda dose e de seis, para a terceira.

    A opção por vacinar crianças e adolescentes ocorre como estratégia para garantir a proteção antes do início da vida sexual e, assim, antes do contato com o vírus.

    O objetivo da vacinação é diminuir a incidência de câncer de colo de útero, vulva e vagina e também de câncer de pênis, garganta e ânus, complicações relacionadas ao HPV.

    MENINGITE C

    Além da imunização contra o HPV, o Ministério da Saúde já anunciou que passará a ofertar, a partir deste ano, uma nova vacina para adolescentes. É a vacina contra meningite C, hoje indicada somente para crianças.

    Com isso, além das doses já previstas para esse público -uma aos três meses, outra aos cinco meses e um reforço de 12 meses a até 4 anos -a vacina passa a ter um segundo reforço, agora para meninos e meninas de 12 a 13 anos.

    A mudança passa a valer a partir deste mês. A previsão é que 7,2 milhões de adolescentes passem a ter acesso a essa dose extra, indicada como forma de manter a imunização, uma vez que, com o passar dos anos, a proteção tende a diminuir.

    Editoria de Arte/Folhapress

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