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    Massacre em presídios

    IML de Manaus ainda tem dois corpos de presos não procurados por famílias

    RUBENS VALENTE
    ENVIADO ESPECIAL A MANAUS

    05/01/2017 20h21

    Dois dos 60 presidiários mortos em rebeliões em Manaus (AM) foram identificados e liberados para enterro, mas os familiares ainda não mantiveram contato como IML (Instituto Médico Legal) para recebê-los.

    O diretor do DPTC (Departamento de Polícia Técnica e Científica), Jeferson Mendes, fez nesta quinta-feira (5) um apelo para que familiares de Leone Costa e Antonio Carlos de Almeida Galvão compareçam ao instituto para coleta de DNA. Não foram fornecidos outros dados pessoais dos detentos, como idade e filiação.

    Massacre em Manaus
    Fachada da penitenciária Anísio Jobim, em Manaus

    "Há corpos mutilados e preciso do exame de DNA para dizer que aquele membro pertence àquele corpo. Para fazer o DNA, preciso que a família compareça aqui", disse Mendes.

    No novo balanço divulgado na tarde desta quinta-feira (5), Mendes informou que foram 38 os presos decapitados durante as duas rebeliões que ocorreram em presídios da cidade entre domingo e segunda-feira (2). Outros oito presos morreram carbonizados.

    Na terça-feira (3), o IML havia dito que a metade dos presos morrera decapitada.

    Dos 60 mortos nas duas rebeliões, os corpos de 34 já foram identificados e entregues aos familiares para sepultamento, segundo o DPTC. Nos trabalhos de identificação, que mobilizaram 38 servidores do IML, foram necessários 55 exames de DNA. Também foram feitos exames de papiloscopia forense (identificação por impressão digital) e odontologia legal (comparação de arcadas dentárias).

    Sobre a ameaça de greve na perícia técnica, anunciada pelo sindicato para começar nesta sexta-feira (6), o diretor do DPTC disse que a paralisação não afetará o trabalho de identificação de 14 corpos restantes, pois os servidores do IML se comprometeram a continuar o trabalho até o final para liberar todos os corpos às famílias o mais rápido possível.

    "A equipe que está trabalhando nesse caso é de forma voluntária, ninguém está aqui de forma forçada. Entendemos que o momento é de solidarizar com a população de Manaus", disse Mendes.

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