"As Forças Armadas não vão lidar com os presos. Esse papel será das polícias e dos agentes penitenciários, embora o controle da forma de fazer a varredura ficará sob comando dos militares. Mas não haverá interação com presos", completou o ministro.

Para ele, a crise que já matou 134 presos em duas semanas não é apenas um problema de segurança pública, "porque afeta o Brasil como um todo". "Precisamos dar um rotundo basta a essa situação".

"O crime nacionalizou e internacionalizou. Os Estados não estão dando conta", disse o ministro, classificando as prisões brasileiras de "escritórios do crime".

Ele disse ainda que o crime organizado desafiou as instituições e "isso não será tolerado".

Sem muitos detalhes, Jungmann explicou como irão funcionar as vistorias das Forças Armadas nas cadeias, medida anunciada horas antes pelo porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola.

De acordo com o ministro da Defesa, elas serão "periódicas" e acontecerão "de surpresa", para apreender materiais como armas, drogas e celulares. Nos intervalos das vistoriais, a fiscalização ficará sob responsabilidade da polícia e do sistema locais. Os militares disponibilizarão ainda bloqueador de celular, sistema de raio-X e scanner para os presídios.

DECRETO

Nesta terça (17), Temer assina um decreto, que será publicado nesta quarta (18) no Diário Oficial da União, oferecendo aos Estados a ajuda das Forças Armadas.

Em seguida, explicou Jungmann, cada Estado poderá fazer a solicitação formal de reforço com continente militar, alegando insuficiência das forças locais. A partir daí, o governo analisará o caso e autorizará participação dos militares nas ações.

Ainda segundo o ministro, as Forças Armadas "certamente vão colaborar com o Censo prisional".

Comentários

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Hamilton Magalhaes

18/01/2017 01h06

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Para quem está impressionado com todos esses acontecimentos, recomendo a edição de 13/12/1933 da Folha da Noite sob o título 'Os defeitos do regime penitenciario no Brasil'.

Gustavo de Souza Pereira

17/01/2017 23h34

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Ora, é óbvio que os militares não vão lidar diretamente com presos. Entres estes e aquela existe o projétil.

LUIZ RUIVO FILHO

17/01/2017 23h28

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Não é atribuição do Exercito fazer vistorias ou buscas nos presídios, mas face a incapacidade e incompetência dos governantes do triunvirato Manaus, Roraima e Natal coadjuvados pelo Fantoche, só mesmo o Exército para colocar ordem na casa. Estas três capitais não tem policiais militares ou agentes carcerários suficientes, então porque não realizam concursos? Aliás, qual o motivo de armas e celulares dentro dos presídios? Já investigaram como entram? São fabricados lá? Prá que servem os agentes?

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