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    Em ação de Doria, Polícia Federal deve atuar contra tráfico na cracolândia

    ARTUR RODRIGUES
    DE SÃO PAULO

    20/01/2017 19h40 - Atualizado às 19h56

    Joel Silva/Folhapress
    Aglomeração de usuários de droga na cracolândia, no centro de São Paulo
    Aglomeração de usuários de droga na cracolândia, no centro de São Paulo

    A Polícia Federal deve atuar em ações contra o tráfico de drogas na cracolândia, no centro de São Paulo, como parte de um programa criado pela gestão João Doria (PSDB) para a região.

    Na tarde desta sexta-feira (20), o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, se reuniu com Doria. A pauta do encontro foi o programa Redenção, um pacote de medidas do tucano para a região da cracolândia.

    Doria articulou um convênio com o ministério, cujos detalhes estão sendo fechados. A Folha apurou que a PF deve ajudar nas ações de investigação e inteligência.

    Uma das grandes dificuldades da administração municipal, que não tem a atribuição de investigar, é justamente em relação ao tráfico de drogas contínuo no local. A ação dos criminosos acaba atrapalhando a atuação de saúde e assistência social.

    A região é cenário de turbulência frequente. Nesta semana, policiais militares entraram em confronto com moradores de rua e dependentes químicos, que deixou um policial ferido e oito pessoas detidas.

    Os dependentes químicos se dispersaram pelas avenida Duque de Caxias, e um grupo arrombou portões de uma loja de calçados, roubando produtos que estavam na vitrine.

    REDENÇÃO

    O Redenção incluirá medidas tanto do Braços Abertos, programa do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), como do Recomeço, do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

    No Braços Abertos, os beneficiários têm acesso a moradia em hotéis e vagas em serviços como varrição e jardinagem. Por cada dia trabalhado, recebem R$ 15. Já o Recomeço se baseia na internação dos usuários de drogas.

    As medidas para cada usuário serão definidas após a realização de um censo dos frequentadores da cracolândia.

    Nos casos mais graves, que incluem doenças mentais graves, o paciente será encaminhado a internação.

    Para os outros, a prefeitura afirma que oferecerá vagas de trabalho em empresas privadas, com salários de R$ 1.800.

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