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    Grupo picha muro da 23 de Maio e manda recado para Doria

    CRISTINA CAMARGO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    29/01/2017 01h07 - Atualizado às 14h54
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    Reprodução
    Muro na avenida 23 de maio pichado com recado para o prefeito João Doria
    Muro na avenida 23 de maio, zona sul de São Paulo, pichado com recado para o prefeito João Doria

    Um grupo formado por dois homens e uma mulher fez uma pichação no final da noite deste sábado (28) contra o prefeito João Doria (PSDB) no muro cinza da avenida 23 de Maio, zona sul de São Paulo, onde ficavam painéis de grafites apagados pela atual gestão. Em poucos minutos, eles escreveram "Viva a pixação" e mandaram um recado para o prefeito: "SP, falta saúde, educação e o problema é a pixação?"

    A pichação foi feita em frente ao local onde havia um painel do grafiteiro Eduardo Kobra que foi completamente apagado neste sábado. O muro ficou cinza, como parte da ação Cidade Linda, da gestão Doria.

    "Foi uma resposta ao prefeito, para ele ver que não conseguirá acabar com a pichação em São Paulo. E também para ele dar mais atenção a outras prioridades, como saúde, educação, segurança e habitação", afirmou um dos responsáveis.

    Como parte da "guerra do spray", Doria disse que pretende aprovar uma multa de R$ 5.000 para quem pichar monumentos públicos. Na sexta-feira, a prefeitura anunciou que entrará com ações civis na Justiça contra as pessoas presas em flagrante neste mês por pichações em prédios públicos e privados.

    O grupo que pichou o muro da 23 de Maio neste sábado é formado por pessoas entre 30 e 40 anos. São pichadores experientes, que já participaram de outras ações semelhantes.

    Em março do ano passado, por exemplo, eles escreveram frases contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na porta do Instituto Lula, no Ipiranga. Um dia depois, atacaram a parede externa da sede nacional do PT, na região central da capital.

    "Basta de corrupção" e "país da impunidade", eles escreveram no local onde o ex-presidente dera uma entrevista coletiva após ser levado coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal no aeroporto de Congonhas.

    A ação deste sábado foi feita numa hora em que a avenida 23 de Maio estava bastante movimentada.

    "A avenida estava lotada de carros e fizemos na frente de todos. Foi rapidinho. Menos de três minutos", relatou um dos autores do recado.

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