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    Doria prevê multa a pichadores de monumentos somada custo de reparo

    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    01/02/2017 17h34

    O prefeito João Doria (PSDB) disse na tarde desta quarta-feira (1) que os pichadores da cidade flagrados danificando monumentos públicos terão que pagar o equivalente ao valor gasto com a restauração.

    Um projeto para isso deverá ser discutido na Câmara de São Paulo até a semana que vem. O presidente da Casa, Milton Leite (DEM), disse que o texto deixará claro que o custo da restauração será somado aos R$ 50 mil de multa pelo dano.

    Pela manhã, Doria confirmou que essa punição a quem atingir estátuas da cidade, por exemplo, deve chegar aos R$ 50 mil –informação revelada pela Folha nesta terça.

    À tarde, porém, não especificou os valores exatos, mas pediu que o texto seja votado com urgência na semana que vem. Mas não há garantias disso, já que a Câmara ainda não definiu as comissões permanentes da Casa –sem o aval das quais é impossível um projeto ser aprovado.

    "Se pichar um monumento público, seja ele municipal ou estadual, [será] o valor correspondente ao dano causado. Não sei se exatamente R$ 50 mil, R$ 60 mil, R$ 30 mil ou R$ 20 mil, mas aquilo que for necessário para resgatar a cidade", disse.

    Para restaurar a ponte Octavio Frias de Oliveira (estaiada), por exemplo, foram gastos R$ 900 mil.

    "É a responsabilidade dele, se fizerem o mal, vão responder pelo mau", afirmou. Quem não puder pagar, prestará serviços, trabalhará como gari", disse.

    Nos demais casos, os autuados terão multa de R$ 5 mil, dobrando no casos de reincidência, além de responder a uma ação judicial.

    O tema foi discutido durante reunião com vereadores pouco antes da sessão que reiniciou os trabalhos do Legislativo nesta tarde.

    O prefeito demonstrou querer dar fim à polêmica causada pela guerra aos pichadores que ele mesmo declarou.

    "A cidade não pode ficar só com a pauta da pichação, não é um tema bom para a cidade", disse. Por fim, declarou que buscará valorizar os grafiteiros.

    DESESTATIZAÇÃO

    O tucano afirmou que outro tema prioritário abordado no encontro foi a desestatização do Anhembi, que ele pretende concluir até o fim deste ano. Para isso, ele conta com sua base de sustentação (que é maioria na Casa).

    "O Anhembi, com certeza neste ano. É bem provável que consigamos fazer a modelagem, ter os editais retirados, avaliar e vender. Interlagos, se possível [neste ano]. Senão, no início do ano que vem", disse.

    Segundo Doria, a reunião foi produtiva e positiva e que repetirá esses encontros mensalmente.

    DESCULPAS A LULA

    A sessão legislativa da qual Doria participou teve seu momento saia justa.

    O vereador Eduardo Suplicy (PT) pediu que o tucano pedisse desculpas por ter chamado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de cara de pau durante a campanha eleitoral e em atividades de zeladoria já durante a a gestão.

    A mulher de Lula, a ex primeira-dama Marisa Letícia, segue internada no Hospital Sírio Libanês, após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) no último dia 24.

    Doria quebrou o protocolo e desceu da mesa diretora em direção ao espaço dos demais vereadores.

    "Prefiro não me manifestar em respeito à situação de saúde da esposa do presidente Lula, e à família Lula da Silva"

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