Quando pequeno, Carlos Alberto Lozza perdia-se na empresa em que o pai trabalhava, uma fábrica de beneficiamento de cera, couro e crina no interior do Paraná. Com resíduos de cera que encontrava, esculpia cavalos e outros bonecos que serviam de base para suas brincadeiras.
Não deu outra. Na juventude, o pequeno artista se mudou para São Paulo, onde ganharia a vida como ilustrador e diretor de arte nas principais publicações do país.
A maior parte da carreira passou na editora Abril, onde foi diretor de arte e criou o logotipo da revista "Quatro Rodas", entre outras, conta o colega Antonio Silvio Lefèvre. É dele a ilustração de Luís Carlos Prestes na capa da revista "Realidade", em edição que trazia uma entrevista com o comunista em 1968, em plena ditadura militar.
Depois, assinou projetos gráficos de séries especiais de livros da editora. "Ele foi o grande artista do ramo editorial nos anos 1960 e 1970 no Brasil", define Lefèvre, que foi editor da Abril Cultural.
Após se aposentar, pintava retratos para presentear amigos e familiares. Gostava de modificar carros e vivia para lá e para cá com um Fusca que transformou em conversível.
Desenhou o projeto da própria casa, na zona norte de São Paulo, onde passou as últimas décadas. Perdeu muito da energia em 2002, depois da morte da mulher, Cristina, conta seu filho Alberto.
Morreu no último sábado (4), aos 81, após sofrer um acidente vascular cerebral. Deixa dois filhos e um neto. A família prepara uma missa de 7º dia nesta sexta (10), na igreja Nossa Senhora do Rosário, em Ponta Grossa (PR).
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