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    Rio de Janeiro

    'A polícia não parou e nem vai parar', diz secretário de Segurança do Rio

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    10/02/2017 21h02

    O secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, disse nesta sexta (10) que conta com apoio da Força Nacional e de guardas municipais de cidades da região metropolitana caso os protestos de mulheres de policiais prejudiquem o patrulhamento no estado.

    Ele garantiu, porém, que no primeiro dia de manifestações não houve grande impacto na atuação da polícia. Segundo Sá, entre 90% e 95% do efetivo previsto conseguiu sair às ruas nesta sexta-feira.

    A manifestação foi iniciada ainda na madrugada, com mulheres de policiais protestando em frente aos batalhões, a exemplo do que ocorre no Espírito Santo. Há protestos em 27 deles, alguns com bloqueio na entrada e saída de veículos.

    Em alguns locais, a troca de turno teve que ser feita fora do batalhão, para evitar que os homens ficassem presos dentro das unidades.

    "A polícia não parou e nem vai parar", afirmou o secretário, em coletiva no início da noite. Ele agradeceu ao "espírito público" da corporação, que vem atuando mesmo com salários e bonificações atrasadas.

    Sá informou que já conversou com o Ministério da Defesa sobre a possibilidade de uso da Força Nacional e com as prefeituras do Rio, Niterói e Duque de Caxias para o uso de equipes das guardas municipais no patrulhamento das ruas.

    "Todos colocaram as guardas civis à disposição do Rio de Janeiro para atuar em rondas, no abastecimento, da forma que eu precisar", afirmou. A Polícia Civil, disse, já vem fazendo rondas para ajudar no patrulhamento.

    Sá voltou a apelar a policiais e suas mulheres para que a atuação da polícia não seja interrompida. "A polícia é a última barreira para a barbárie", afirmou.

    "Na lacuna do poder público, o crime atua. Essas pessoas precisam entender que não vão estar contribuindo para acelerar o pagamento do 13º salário, mas vão estar contribuindo para o risco de vida de milhões de pessoas". argumentou.

    Ele acenou com o pagamento do 13º salário e com a definição de um calendário de pagamento dos outros valores atrasados, mas disse que a medida depende da aprovação, pela Assembleia Legislativa, do pacote anticrise do governo.

    Na terça (14), os deputados votam projeto que dá início à privatização da Cedae (Companhia Estadual e Água e Esgoto), que permite ao governo tomar um empréstimo de R$ 3,5 bilhões dando como garantia ações da companhia.

    "Tendo êxito nas votações de terça, o governador trabalha para, na quarta-feira (15), já determinar medidas administrativas para efetuar o pagamento do 13º, do RAS (adicionais por horas extras de serviço) e das (bonificações por) metas, inclusive dizendo que poderá fazer um calendário para normalizar o pagamento até o final do ano", disse.

    Sá voltou a pedir ainda que a população evite compartilhar boatos nas redes sociais.

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