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    Alalaô

    Uniforme de presídio de Eike e Cabral vira fantasia de Carnaval no Rio

    DO RIO

    16/02/2017 19h00 - Atualizado às 21h22

    Luiza Franco/Folhapress
    Camisetas alusivas ao uniforme de presidiários são vendidas em camelô da zona sul do Rio
    Camisetas alusivas ao uniforme de presidiários são vendidas em camelô da zona sul do Rio

    Todo ano é assim: o que entra no noticiário vira fantasia de Carnaval. Nos últimos carnavais, desfilaram pelas ruas o mosquito Aedes aegypti, os ex-presidentes Lula e Dilma e Nestor Cerveró, por exemplo.

    Já era de se esperar, portanto, que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), sua mulher, a advogada Adriana Ancelmo, e o empresário Eike Batista não passassem ilesos pelo Carnaval de 2017.

    Um camelô da zona sul do Rio já está vendendo cópias do uniforme que o casal e o empresário, que estão presos no Complexo Penitenciário de Bangu, utilizam no cárcere. Cada camiseta sai por R$ 30.

    O vendedor, Cláudio Alberto, 53, disse que a ideia foi sua e que costuma pautar suas vendas no noticiário. Quando caiu o avião que levava a equipe da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana na Colômbia, por exemplo, começou a vender camisas do time.

    Luiza Franco/Folhapress
    Camisetas alusivas ao uniforme de presidiários são vendidas em camelô da zona sul do Rio
    Camisetas alusivas ao uniforme de presidiários são vendidas em camelô da zona sul do Rio

    "Quando o Eike foi preso, pensei na hora, 'isso vai ser uma loucura no Carnaval'", afirmou.

    Pedestres compraram 190 exemplares desde segunda-feira, e ele disse que há encomendas para a semana que vem.

    A camiseta que mais sai, conta Alberto, é a de Cabral. "As pessoas dizem que ele está merecendo mais. Não esperavam que ele tivesse roubado tanto dinheiro", disse ele.

    Preso desde novembro de 2016, Cabral já foi denunciado quatro vezes pelo Ministério Público Federal por centenas de crimes. É acusado de ter levado propina em grandes obras que aconteceram enquanto estava no cargo.

    Já Eike Batista é acusado de pagar propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador, por meio da conta Golden Rock, no TAG Bank do Panamá. Os recursos foram transferidos por meio de um contrato considerado fraudulento de intermediação de venda de uma mina de ouro.

    Ancelmo é acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

    O próximo lançamento do vendedor Alberto é uma coleira com a inscrição "Eike=pobreza", referência à fantasia que Luma de Oliveira, ex-mulher do empresário, usou em um desfile de Carnaval.

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