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    Em reunião com Alckmin, associações de PMs pedem 15% de reajuste salarial

    DE SÃO PAULO

    17/02/2017 22h55

    Associações de policiais militares se encontraram com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e apresentaram uma proposta de reajuste salarial de 15% nesta quinta-feira (16). O governo, porém, afirmou não ser possível e condicionou qualquer aumento à evolução da arrecadação do Estado.

    O encontro aconteceu apenas um dia depois de a categoria se reunir com o secretário da Segurança Pública, Mágino Barbosa.

    De acordo com a Associação de Cabos e Soldados, policiais militares não querem ser afetados pela reforma da Previdência apresentada pelo governo federal, no caso de aprovação no Congresso. A categoria está, por ora, excluída das mudanças, mas teme que seja colocada novamente na proposta.

    O governo afirmou, em nota, que garantirá apoio aos policiais militares, acompanhando as entidades nas tratativas da reforma, inclusive em Brasília.

    Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress
    Familiares de policiais militares fazem protesto pacífico em frente ao Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo
    Familiares de policiais militares fazem protesto pacífico em frente ao Palácio dos Bandeirantes, em SP

    Já em relação aos salários, a PM propôs um aumento de 15% já em 1º de março e mais 15% no próximo ano. A categoria afirma que o percentual é necessário para corrigir perdas inflacionárias dos últimos três anos. O salário base de um soldado é de R$ 2.992, um dos mais baixos do país, segundo a Associação de Cabos e Soldados.

    Nesse caso, a gestão Alckmin afirmou que será criado um grupo de trabalho para acompanhar as arrecadações do Estado "para que seja possível oferecer um reajuste". Uma nova reunião deve acontecer ainda neste semestre para discutir a possibilidade de aumento salarial.

    "Não aguentamos mais, o quilo de carne em 2014 estava R$ 15, agora é R$ 30. O aluguel na periferia era R$ 500, hoje é R$ 1.000. É uma categoria onde todos estão endividados", afirma o presidente da associação, Cabo Wilson Morais.

    Na última quarta (15), um grupo de parentes de policiais militares realizou protesto na capital paulista para pedir reajuste salarial. Os atos aconteceram na frente do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, na região do Morumbi (zona sul), e na frente da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), na região da Luz (centro).

    Com camisetas e faixas, mulheres fecharam faixas das duas vias, mas não houve registro de tumultos ou confusões nos dois locais.

    Como policiais militares são proibidos, pela Constituição, de fazerem greve, mulheres dos PMs fecharam a entrada de batalhões e quarteis provocando redução ou paralisação do policiamento no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, nas últimas semanas. Nos dois Estados, homens das Forças Armadas foram destacados para reformar a segurança.

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