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    Cláudio de Almeida Alves (1965-2017)

    Mortes: De camelô a referência para amantes da música

    FERNANDA PEREIRA NEVES
    DE SÃO PAULO

    24/02/2017 00h00

    Arquivo Pessoal
    Cláudio ao lado da mulher e da filha
    Cláudio ao lado da mulher e da filha

    Em meio ao mundo dos downloads e músicas em streaming, Cláudio permanecia resoluto com sua loja Escuta Som na região central do Rio. Vendia desde os lançamentos em CD até clássicos em vinil, principalmente de rock.

    Referência para colecionadores da música, o negócio de Cláudio tem suas raízes a algumas quadras dali, na frente do prédio da Light. Foi onde esse carioca do bairro de Guadalupe começou a vender seus primeiros discos, ainda como camelô, assim como seu pai fez por anos.

    Deixou o biscate para abrir uma loja em uma sala da rua Buenos Aires, que se tornou uma espécie de embrião para a Escuta Som, criada em 1992.

    Resistente às dificuldades do mercado, Cláudio anunciava compra e venda de clássicos da música na internet e nos jornais. Chegava a comprar lotes de 200, até mil títulos de colecionadores. Arriscou-se até na comercialização de filmes famosos.

    Além da importância da loja, Cláudio era popular também na região pelas brincadeiras. Costumava percorrer a rua do Rosário cumprimentando e batendo papo com todos. "A rua está morta agora", lamenta a mulher, Mônica.

    Quando não estava trabalhando, gostava de programas tranquilos como as idas a restaurantes e praias, e dificilmente ouvia as músicas mais populares em sua loja. Dispensava clássicos do rock pelas canções de Zé Ramalho, Fábio Júnior, Roupa Nova, Michael Jackson. Também adorava baladas românticas.

    Morreu no dia 11, aos 51 anos, em decorrência de complicações da diabetes. Deixa a mulher, Mônica, uma filha, a irmã e sobrinhos.

    coluna.obituario@grupofolha.com.br

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