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    Chiclete e Daniela, em Salvador, e Boitatá, no Rio, coroam o domingo

    DO RIO
    DE SALVADOR
    DE BELO HORIZONTE
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RECIFE

    26/02/2017 08h00

    Para você que já curtiu sexta e sábado na folia, nada mais justo que continue o domingo com o nível dos dias anteriores. Nas principais capitais foliãs do país não faltam opções.

    Em Salvador, o tradicional bloco Camaleão, que atualmente é sinônimo de Chiclete com Banana, desfila à tarde no circuito Barra-Ondina, seguido horas mais tarde por Daniela Mercury.

    No Rio, o bloco Cordão do Boitatá é opção de quem quer curtir um bloco lúdico, em que os foliões capricham na fantasia. O Boitatá é um dos símbolos da retomada do Carnaval de rua do Rio, nos anos 2000.

    Uma turma alternativa, que optou por manter a folia no centro da cidade a despeito das nobres ruas da zona sul, transformou o bloco num dois mais cultuados. O bloco é parado, na Praça Quinze.

    Para uma experiência ainda mais "local", procure pela dissidência do Boitatá, o Cordão do Boi Tolo. Mas esse é "meio secreto", na base do boca a boca. Fica a dica: procure saber.

    RIO DE JANEIRO

    Cordão do Boitatá, 9h, praça Quinze, Centro

    O Boitatá é um dos mais tradicionais blocos do Rio. No início dos anos 2000, o cortejo circulava pelas ruas do centro e terminava na praça Quinze. Em pouco tempo, se tornou um dos favoritos dos cariocas. Foi ali também onde se consolidou a cultura da fantasia improvisada, que é hoje a marca registrada do Carnaval de rua do Rio.

    O público fantasiado tomava a escadaria da Assembleia Legislativa em meio à festa democrática. Os músicos, preocupados com a superlotação, começaram a marcar horários fictícios para o cortejo, deixando muita gente na mão.

    Daí surgiu o Boi Tolo, uma dissidência do Boitatá. Alguns músicos se encontraram no horário falso e constataram que eram os "tolos" da vez. Decidiram, então, sair em cortejo mesmo assim, dando início ao bloco mais alternativo do Rio, o Cordão do Boi Tolo.

    Atualmente, o Boitatá não faz cortejo, e fica em um palco na praça. Muitos foliões iam para o palco e esperavam os músicos do Boi Tolo saírem em cortejo. Atualmente, os blocos são totalmente dissociados. Para saber onde o Boi Tolo irá desfilar, a recomendação é o boca a boca, já que há um clima de mistério sobre o local, justamente para evitar a superlotação.

    O Boitatá permanece na praça Quinze e ainda é uma das principais opções dos cariocas. É opção também para quem quer aproveitar um bom som ao vivo, em uma praça arborizada em tempos de calor escaldante na cidade.

    Areia, 10h, Leblon, Rua Dias Ferreira

    O Areia é conhecido por ser frequentado pela juventude da zona sul. Mulheres e homens bem nascidos se reúnem na festa, que tem estrutura com banheiros e UTI móvel no trajeto do cortejo. Ele é um dos favoritos dos que buscam um lance com o "menino do Rio" ou a "garota de Ipanema".

    O bloco nasceu em 2002 em uma reunião de frequentadores de uma rede de vôlei no Leblon. Em pouco tempo virou um dos grandes, comparados a títulos tradicionais como Simpatia é Quase Amor ou Suvaco do Cristo.

    SALVADOR

    Camaleão, 15h45, circuito Barra-Ondina

    Um dos blocos de trio mais tradicionais do Carnaval de Salvador, o Camaleão desfila domingo, segunda e terça no circuito Barra-Ondina. Fundado em 1979, foi batizado com esse nome pelo artista plástico Bel Borba, numa homenagem aos camaleões podiam ser encontrados na praça da Piedade, centro de Salvador.

    Artistas como Luiz Caldas já comandaram o bloco, que desde 1989 passou a ser sinônimo da banda Chiclete com Banana. Em 2015, o bloco passou a ser comandado pelo cantor Bell Marques, que iniciou carreira-solo após deixar o Chiclete. Ainda hoje, é um dos blocos mais procurados do Carnaval de Salvador. Seu abadá chega a custar R$ 1.000 para um dia de desfile.

    José Mion/Divulgação
    Bell Marques atrai legião de fãs em seu desfile pelo Circuito Barra-Ondina em Salvador, em 2016

    Crocodilo, 18h45, circuito Barra-Ondina

    Um dos pioneiros do circuito Barra-Ondina, o Crocodilo desfila dois dias sob o comando de Daniela Mercury. Fundado nos anos 1990, o bloco já desfilou com artistas como Ricardo Chaves, que estourou um 1993 com a música "É o Bicho", uma homenagem ao bloco. Com Daniela Mercury, o bloco se tornou um dos mais procurados pelo público LGBT em Salvador.

    RECIFE-OLINDA

    Inimigos o ano inteiro, heróis e vilões dão uma trégua no domingo (26) para brincar no Carnaval de Olinda (PE). Sem abrir mão da identidade secreta, famosos e anônimos sobem o Alto da Sé no encontro do bloco "Enquanto isso na Sala da Justiça". A concentração ocorre às 9h.

    À noite, na praça do Marco Zero, principal palco da folia no Recife, os clarins do frevo saem de cena e dão espaço ao pandeiro do samba. As grandes atrações da noite são os cantores Jorge Aragão e Leci Brandão que apresentarão, a partir da 0h, o melhor do ritmo centenário.

    "Enquanto isso na Sala da Justiça"
    Alto da Sé (Olinda)
    9h

    "Noite do Samba"
    Praça do Marco Zero (Recife Antigo)
    19h

    BELO HORIZONTE

    Pena de Pavão de Krishna, 7h, Capela Nossa Senhora do Rosário, Morro Vermelho, Distrito de Caeté

    Ritualizado e sagrado, é um bloco diferente, que estreou em 2013 e cujo nome surgiu de uma letra de Caetano Veloso. Os participantes pintam o rosto de azul e usam acessórios indianos, em homenagem ao deus hinduísta Krishna. Neste ano, o bloco vai partir de Morro Vermelho, no distrito de Caeté, a 45 km de BH. O trajeto é um prol das águas. Serão disponibilizados ônibus para chegar ao local.

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