Carol não era apenas uma jovem que gostava de festas. Ela era uma jovem que fazia as próprias festas. Primeiro, por conta de seu jeito alegre, descontraído. Segundo, devido à profissão que escolheu.

Nascida em São Paulo, era a mais nova de três irmãs, concentrando mimos e paparicos. Desde pequena, mostrava o gênio forte, com birras pela cor da chupeta e por peças de roupa que não podiam ser aposentadas. Mas também mostrava seu jeito amoroso, seu dom para fazer amigos.

Começou a trabalhar na gravadora Mercury logo que terminou a escola. Primeiro foi assistente, fazendo um pouco de tudo, mas logo estava na produção de bandas.

Trabalhou com Raimundos, Titãs, Sepultura, Capital Inicial. Depois de uma fase mais rock, vieram ainda artistas como Renato Teixeira, Bruna Caram, Luiza Possi.

"Ela gostava muito de rock, mas não dá pra dizer que era uma roqueira. Carol gostava de música de festa, rock, forró", brinca a amiga Débora.

Com seu jeito sempre alegre, acumulava amigos, desde a época da adolescência. No último ano, quando descobriu um câncer, viu muitos deles se reunirem em uma festa beneficente para ajudá-la, já que trabalhava com freelancer.

Rifa de quadros, venda de CDs autografados e apresentações de artistas como Natiruts, Renato Teixeira e Bruna Caram. Cada um ajudava com sua especialidade.

Diminuiu o ritmo de trabalho nos últimos anos, já cansada das viagens constantes.

Após uma longa luta contra a doença, Carol morreu no dia 17, aos 38, em decorrência do câncer. Deixa a mãe, duas irmãs, sobrinhos e amigos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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