Era dezembro de 2011 quando o piloto curitibano Billy John Zonta Gabardo comemorava em uma rede social o fim do tratamento contra um câncer agressivo e raro que descobrira meses antes, com apenas 20 anos.

No texto, relatava a dificuldade das sessões de quimioterapia e radioterapia a que foi submetido para tratar o sarcoma e, sobretudo, agradecia o apoio que recebeu da família e dos amigos. "Quando precisei, todos estavam ao meu lado", escreveu, comovendo centenas de amigos.

Foi com esse espírito de gratidão e otimismo que Billy lutou contra a doença, conta seu irmão Brayan, mesmo quando ela voltou, anos depois.

Apaixonado por motores e velocidade, Billy andava de moto desde os 12 anos. A opção pelo automobilismo foi natural para ele: na juventude os avós disputavam a antiga Hot Dodge e o tio Ricardo Zonta compete na Stock Car.

Chegou a se consagrar campeão paranaense de automobilismo em 2014, na categoria turismo, e disputava na Sprint Race, torneio de acesso a jovens pilotos que querem se profissionalizar.

Teve de abandonar o campeonato Metropolitano de Velocidade no Asfalto de Curitiba em 2015 quando a doença voltou mais agressiva e foi se tratar nos Estados Unidos.

"Ele lutou até o final. E, quando viu que não tinha mais o que ser feito, descansou. De corpo e alma tranquilos", conta Brayan.

Billy morreu na última quarta (1º), aos 26, deixando os pais e quatro irmãos.

A missa de sétimo dia acontece nesta quarta (8), às 19h30, na Igreja S. Pedro, no bairro Umbará, em Curitiba.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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