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    Tenente é indiciada por tortura após morte de aluno dos bombeiros em MT

    MARTHA ALVES
    DE SÃO PAULO

    22/03/2017 06h45

    Reprodução/Facebook
    Rodrigo Claro, de 21 anos, morreu após passar mal em aula prática (Foto: Reprodução/ Facebook)
    Rodrigo Claro, de 21 anos, morreu após passar mal em aula prática (Foto: Reprodução/ Facebook)

    A tenente do Corpo de Bombeiros de Cuiabá (MT) Izadora Ledur de Souza Dechamps foi indiciada pelos crimes de tortura e castigo contra o aluno da corporação Rodrigo Patrício Lima Claro, 21, que morreu no ano passado.

    O jovem passou mal no dia 10 de novembro durante aula prática de nado lagoa Trevisan, em Cuiabá. Ele morreu cinco dias depois em um hospital em decorrência de uma hemorragia cerebral, de acordo com um laudo necroscópico emitido pela Politec.

    Segundo o documento, não há ligação com fatores externos que poderiam apontar a relação entre a conduta da oficial e a morte do aluno.

    Durante a investigação, a Polícia Civil ouviu mais de 50 pessoas entre alunos, instrutores, especialistas e médicos. O inquérito foi concluído e enviado à Justiça nesta terça-feira (21).

    Izadora pode responder pelo crime de "submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo".

    A Corregedoria do Corpo de Bombeiros também instaurou um inquérito policial militar para apurar o caso e responsabilizou a tenente pelo crime de maus tratos por expor a vida ou a saúde de uma pessoa a situação de risco. Ela também responde a um processo administrativo disciplinar que pode resultar desde uma advertência até a expulsão da corporação.

    O inquérito policial militar da Corregedoria responsabilizou outros dois tenentes-coronéis por crime contra o dever funcional. Segundo a Corregedoria, Licínio Ramalho Tavares e Marcelo Augusto Carvalho não propiciaram as condições de segurança do treinamento.

    Os inquéritos envolvendo os três militares foram enviados ao Ministério Público Militar.

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