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    Procurador e promotor são baleados dentro do Ministério Público em Natal

    DANILO SÁ
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM NATAL

    24/03/2017 13h53 - Atualizado às 19h18

    Reprodução
    Movimentação de suspeito de atirar contra promotores dentro do Ministério Público em Natal
    Movimentação de suspeito de atirar contra promotores dentro do Ministério Público em Natal

    O procurador-geral adjunto do Ministério Público do Rio Grande do Norte Jovino Pereira e o promotor de Justiça Wendell Beetoven foram baleados na manhã desta sexta-feira (24) dentro da sede do órgão, em Natal (RN).

    Segundo a Polícia Militar, o responsável pelo atentado foi identificado como Guilherme Wanderley Lopes da Silva, 44, servidor do própria Promotoria. O procurador Jovino foi atingido duas vezes no abdômen, e Beetoven, baleado nas costas. Os dois foram levados para o Hospital Walfredo Gurgel, o maior do Estado, passaram por cirurgias e o quadro deles é considerado estável, segundo a assessoria do órgão, sem mais detalhes.

    O atirador teria invadido uma reunião que ocorria no segundo andar do prédio, exatamente na sala do procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis. O crime ocorreu por volta das 11h30.

    Segundo o procurador-geral, que também participava da reunião, ele seria um dos alvos. "O Guilherme entrou na sala sem ser anunciado. Jogou uns papéis na minha mesa e disse apenas: 'É isso o que vocês merecem'. Foi quando alertei aos demais promotores que ele estava armado", disse o procurador, em entrevista coletiva no fim da tarde.

    Rinaldo conta que Beetoven foi atingido sem chance de reação, pois estava de costas quando o atirador entrou na sala. Depois, o suspeito iniciou uma perseguição atrás de Jovino Pereira e do próprio Rinaldo. "Ainda vi quando ele atirou duas vezes, a sangue frio no Jovino", disse Rinaldo.

    O procurador acrescentou que o órgão não tem nenhum registro negativo do servidor, que faz parte do órgão "há vários anos". Também negou a existência de processos administrativos contra o suspeito ou qualquer ato que pudesse justificar o fato. Rinaldo disse ainda que, nos papéis jogados pelo atirador em sua mesa, teria cobranças pelo direito dos servidores de votar para a escolha do Procurador-Geral.

    Após os disparos, o suspeito conseguiu escapar da segurança e fugiu. A PM continua em sua busca.

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