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    Lucio Grottone (1928-2017)

    Mortes: 'El Tigre', dos ringues de Santos a Helsinque

    THIAGO AMÂNCIO
    DE SÃO PAULO

    26/03/2017 00h00

    Os poucos anos que Lucio Grottone passou como boxeador foram suficientes para fazer história no esporte: "El Tigre", como era conhecido, levou a medalha de prata nos primeiros Jogos Pan-Americanos, em 1951, em Buenos Aires, e chegou ao auge da carreira na Olimpíada de 1952, em Helsinque.

    Nascido em Santos (SP), Lucio começou a treinar após perder a mãe, aos 15, e mudar-se para a casa do irmão João, que montava uma pequena academia nos fundos.

    Ao todo, foram mais de 50 lutas, vencendo campeonatos paulista, brasileiro e sul-americano. Guardava com cuidado os troféus e álbuns de fotos dos países que conheceu -Europa e boa parte da América Latina. As viagens eram bancadas pela família. Contava que os atletas recebiam, na época, "no máximo um sanduíche de mortadela e um copo de guaraná".

    Também carregava algumas sequelas -perdeu a cartilagem de um joelho e parte do osso do nariz.

    Após Helsinque, foi convencido a deixar o esporte pela mulher, que não suportava vê-lo chegar machucado em casa e não sabia lidar com o assédio dos -e das- fãs.

    Fora dos ringues, fez a vida como dono de uma banca de peixes no mercado municipal de Santos e arbitrou algumas disputas de boxe.

    Gostava de cantar e era conhecido por dar bons conselhos, mesmo a desconhecidos.

    Morreu no último dia 20, aos 88, após sofrer um infarto, deixando dois filhos, quatro netos e um bisneto.

    A missa de sétimo dia acontece neste domingo (26), às 18h, na igreja N. Sra. dos Navegantes, em Santos.

    coluna.obituario@grupofolha.com.br

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