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    Servidor que atirou em procurador e promotor em Natal se entrega à polícia

    DA AGÊNCIA BRASIL
    DE SÃO PAULO

    25/03/2017 15h39 - Atualizado às 13h12

    Reprodução/G1
    Vídeo mostra chegada de atirador do Ministério Público ao comando da PM
    Guilherme Wanderley Lopes da Silva, 44, se entregou à polícia neste sábado (25)

    O servidor do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) que baleou o procurador-geral adjunto do Estado, Jovino Pereira da Costa Sobrinho, e o promotor de Justiça Wendell Beetoven Ribeiro, entregou-se hoje (25) à polícia.

    Guilherme Wanderley Lopes da Silva, 44 anos, entrou nesta sexta-feira (24) na sala do procurador-geral sede do MPRN, em Natal, e atirou, atingindo Costa Sobrinho e Ribeiro. Silva fugiu em seguida. O crime ocorreu por volta das 11h30.

    De acordo com a assessoria do Ministério Público, o quadro de saúde dos dois feridos é estável. Eles já foram transferidos do Hospital Walfredo Gurgel. O procurador-geral está no Hospital São Lucas e o promotor foi levado para o Hospital do Coração.

    Reprodução
    Movimentação de suspeito de atirar contra promotores dentro do MPRN
    Movimentação de suspeito de atirar contra promotores dentro do MPRN

    Silva foi exonerado do cargo comissionado de assessor de uma procuradoria, mas, por ser servidor concursado do órgão e efetivo, ainda é preciso que se instaure processo interno para seu afastamento definitivo do ministério. Ele foi conduzido para o Centro de Detenção Provisória da Ribeira onde ficará à disposição da Justiça.

    De acordo com investigações preliminares da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, a arma usada nos disparos foi um revólver. Guilherme Wanderley entrou em uma sala onde havia uma reunião e simulou que entregaria um documento. Porém, ao entrar na sala ele já começou a efetivar os disparos. "Nós temos certeza que este crime foi premeditado", afirmou o delegado Claiton Pinho.

    Segundo o procurador-geral Rinaldo Reis Lima, que também participava da reunião, ele seria um dos alvos. "O Guilherme entrou na sala sem ser anunciado. Jogou uns papéis na minha mesa e disse apenas: 'É isso o que vocês merecem'. Foi quando alertei aos demais promotores que ele estava armado", disse o procurador, em entrevista coletiva no fim da tarde.

    Em nota, Lima disse que a equipe do tribunal voltará ao trabalho na segunda-feira. "Vamos responder ao atentado com a aplicação da lei, dentro do ordenamento jurídico pátrio, como tem que ser. E com a regular continuidade de nosso trabalho, tanto para mim quanto pra minha equipe e para os demais membros e servidores do MPRN, com exceção de Jovino e Wendel, que ainda estarão sob recuperação, mas certamente já ansiosos para a volta ao trabalho."

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