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    Chuva provoca alagamentos e trava trânsito em São Paulo

    FERNANDA NEVES
    MARTHA ALVES
    DE SÃO PAULO

    07/04/2017 05h55 - Atualizado às 12h51

    A forte chuva que atingiu a cidade de São Paulo provocou vários pontos de alagamento e foi o suficiente para travar o trânsito na capital na manhã desta sexta-feira (7). Apesar disso, o rodízio de veículos não foi suspenso e os motoristas multados devem recorrer.

    Os problemas foram ocasionados pelo transbordamento na região dos córregos Oratório, Mandaqui, Ipiranga, Aricanduva e Perus, além dos rios Verde, Ribeirão Verde e do Tietê, entre a noite de quinta (7) e esta madrugada. Com isso, os bairros do Ipiranga, Itaquera, Vila Prudente, Aricanduva, Casa Verde, Perus e Pirituba entraram em alerta.

    O transbordamento do rio Tietê também provocou vários pontos de alagamento na marginal. Por volta das 5h30, os trechos da via próximos da ponte da Fepasa, no sentido rodovia Ayrton Senna, e da ponte das Bandeiras, sentido Castello Branco, estavam totalmente bloqueados. Os problemas também refletem nas rodovias Anhanguera e dos Bandeirantes, que tem trânsito lento nesta manhã.

    De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), às 8h a capital paulista registrava 133 km de lentidão. Normalmente, a média para esse horário fica entre 42 km a 74 km.

    Daniela Braga/Folhapress
    Usuários tentam acessar a linha vermelha do metrô
    Usuários tentam acessar a linha vermelha do metrô na estação Carrão

    Os transtornos no trânsito foram acentuados por semáforos em manutenção ou com falta de energia elétrica. Por volta das 11h, 62 dos 6.387 sinais estavam sem funcionar. A situação tem se repetido sempre que chove em São Paulo.

    A companhia pediu para as concessionárias informarem para os motoristas, nos painéis móveis, evitarem as marginais.

    Às 12h38 a CGE enviou estado de atenção para alagamentos nas zonas norte e leste, centro e na marginal Tietê. Segundo o centro, não há previsão de que outras áreas de cidade, além das citadas, sejam atingidas".

    Os motoristas também devem evitar nesta manhã a avenida Ermano Marchetti, no sentido Barra Funda, devido a um alagamento intransitável na via próximo da rua do Curtume. Também há registro de bloqueio nos dois sentidos da avenida Marquês de São Vicente, próximo da praça Luiz Carlos Mesquita, na região da Barra Funda.

    Por volta das 3h, outro ponto crítico de alagamento foi na avenida Aricanduva, na região do Ipiranga, zona sul de São Paulo. Os bombeiros resgataram duas pessoas ilhadas em cima de um caminhão-baú e alguns carros que tentaram cruzar o alagamento ficaram parados pelo caminho.

    Na região, nem mesmo as comportas contra enchentes foram capazes de barrar a entrada de água e lama em alguns comércios na avenida Aricanduva.

    O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, chegou a registrar 15 quatro pontos de alagamento intransitáveis na cidade, por volta das 2h30 desta sexta (7). Os bombeiros acumulavam 32 chamadas para inundações em toda a cidade e na região do ABC. Eles trabalharam durante toda a madrugada no resgate de pessoas ilhadas.

    Houve registro de alagamento também na linha 10-turquesa da CPTM, entre as estações São Caetano e Rio Grande da Serra. Por conta disso, a circulação foi interrompida nesta quinta e o sistema Paese acionado para auxiliar com ônibus o transporte no trecho afetado antes do encerramento das operações da linha. Nesta manhã, a circulação de trens está normal, de acordo com a CPTM.

    A chuva que atingiu a maior parte da região metropolitana é resultado de uma frente fria, que trouxe áreas de instabilidade para a região.

    De acordo com o CGE, a frente fria deve se afasta do litoral paulista nos próximos dias, mas os ventos úmidos ainda devem deixar o tempo instável. Espera-se muita nebulosidade, chuvas e declínio das temperaturas.

    RODÍZIO MANTIDO

    A CET informou que o rodízio de veículos na capital não foi suspenso nesta sexta apesar dos problemas de marginais e ruas bloqueadas devido a alagamentos.

    Segundo a companhia, não tem sentido cancelar o rodízio injetando mais carros no sistema quando o problema está nas marginais.

    Os motoristas que estiverem parados nos congestionamentos e forem punidos devem recorrer da multa de trânsito.

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