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    Febre amarela causa a nona morte do ano em São Paulo

    DE SÃO PAULO

    10/04/2017 13h05

    Um morador de São Paulo é a mais recente vítima da febre amarela silvestre no Estado, segundo a secretaria estadual da Saúde.

    A secretaria suspeita que o morador tenha contraído a doença em Monte Alegre do Sul (a 130 km de São Paulo), onde tinha uma chácara. Essa é a nona morte no Estado este ano, e a quarta por transmissão local (autóctone) –as outras três mortes autóctones foram em Américo Brasilense, Batatais e Araraquara.

    As demais vítimas são consideradas importadas, quando ocorrem fora do Estado. Segundo a secretaria, todos os casos importados são de pessoas que haviam visitado cidades mineiras, onde há um surto da doença. De acordo com a pasta, há 25 pessoas suspeitas que estão sendo tratadas. Dessas, oito têm histórico de deslocamento para Minas Gerais.

    Alexandre Rezende/Folhapress
    PIEDADE DE CARATINGA, MG, 17.01.2017: FEBRE-AMARELA - Aplicação de vacina contra a febre amarela em posto de saúde de Piedade de Caratinga (MG). (Foto: Alexandre Rezende/Folhapress)
    Aplicação de vacina contra a febre amarela em posto de saúde

    Desde o ano passado até o momento, diz a secretaria, foram confirmados 54 casos de febre amarela em macacos em regiões silvestres de Ribeirão Preto, Barretos, Franca, São José do Rio Preto, São João da Boa Vista, Sorocaba e Campinas. Nessas regiões já foram feitas ações de busca e bloqueio de vetores e pesquisas em matas próximas aos locais onde os macacos foram encontrados.

    A presença de macacos doentes ou mortos pode indicar circulação do vírus da febre amarela. A secretaria orienta a população a acionar imediatamente o serviço de saúde mais próximo caso observem um macaco aparentemente doente ou morto. A pasta lembra que a transmissão do vírus da febre amarela é feita apenas pela picada de mosquitos silvestres infectados.

    VACINA

    A secretaria alerta que a vacina contra a febre amarela é indicada apenas aos moradores de áreas de risco definidas pelo Ministério da Saúde e para aqueles que vão viajar a esses locais.

    Segundo a pasta, a imunização não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até seis meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo).

    De acordo com o ministério, não há registro até o momento de transmissão urbana da doença, o que ocorreria por meio de outro vetor, o mosquito Aedes aegypti. A febre amarela urbana não é registrada no Brasil desde 1942.

    O risco de um retorno da febre amarela urbana, no entanto, não pode ser descartado, aponta a OMS (Organização Mundial de Saúde). Em boletim divulgado no início de fevereiro, a organização alerta para o risco de que a doença se espalhe para outros países da América do Sul.

    Segundo a organização, a ocorrência de mortes de macacos em Roraima, Mato Grosso do Sul e Paraná, Estados que fazem fronteira com Venezuela, Argentina e Paraguai, "representa um risco de circulação do vírus" para estes locais.

    Febre

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