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    Perto de fim de obra, Arcos do Jânio já aparentam estrutura livre de grafites

    DE SÃO PAULO

    19/04/2017 02h00

    O restauro dos Arcos do Jânio, como são popularmente conhecidos os Arcos da rua Jandaia, na região central de São Paulo, estão em fase final. Quem passa pelos arcos já consegue ver, apesar dos tapumes, que os grafites que geraram tanta discórdia durante a gestão do petista Fernando Haddad já foram quase totalmente removidos, substituídos pelo cinza original.

    Segundo a Secretaria Municipal de Cultura da gestão de João Doria (PSDB), a restauração deve estar concluída até o final deste semestre. "A obra ainda está em andamento com a realização da restauração dos tijolos e remoção dos grafites dos muros de arrimo para que a construção retome suas características originais", informa a pasta.

    Iniciadas em 29 de novembro, ainda na gestão Haddad, as obras para o restauro tem um custo total de R$ 658.253,11, segundo a secretaria. Os recursos são do Funcap (Fundo de Proteção do Patrimônio Cultural e Ambiental Paulistano).

    PATRIMÔNIO

    Os Arcos do Jânio, erguidos no início do século passado, são considerados patrimônio histórico. O local veio à tona no final dos anos 1980, quando o então prefeito Jânio Quadros mandou demolir um cortiço que encobria a estrutura.

    O processo de restauro busca restabelecer suas características originais –serão mantidos os tijolos e guarda-copos cinzas e os grafites totalmente removidos.

    PICHAÇÃO

    Em 2015, os Arcos do Jânio foram pichados depois que o artista Rafael Hayashi fez um grafite que lembrava o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, morto em 2013. Na época, o artista afirmou que não era o ex-presidente venezuelano. "A ideia era retratar um homem negro, que não tem expressão nem fala. Mas a imagem ficou distorcida", disse.

    Os grafites na estrutura haviam sido autorizados pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e virou polêmica nas redes sociais, na qual internautas diziam que o desenho tinha uma carga ideológica intencional.

    Logo em seguida, o desenho amanheceu com borrões de tinta vermelha e as frases: "Hugo Chá. É o Chávez sim". Na sequência, um grupo de grafiteiros desenhou uma venda vermelha nos olhos e uma mão tampando a boca. Rafael Hayashi afirmou que a intenção era dar uma resposta às más interpretações, censuras e ataques ao trabalho.

    Apu Gomes/Folhapress
    Artistas fazem intervenção após grafite que lembra Hugo Chávez ser pichado em São Paulo
    Artistas fazem intervenção após grafite que lembra Hugo Chávez ser pichado em São Paulo
    Danilo Verpa/Folhapress
    Desenho que lembra rosto de Hugo Chávez em Arcos do Jânio amanheceu pichado
    Desenho que lembra rosto de Hugo Chávez em Arcos do Jânio amanheceu pichado

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