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    Carro da PM cai em riacho na caça a assaltantes do Paraguai; veja vídeo

    JOSÉ MARQUES
    DE CURITIBA

    24/04/2017 20h43 - Atualizado às 21h09

    Em ação que perseguiu os suspeitos de terem cometido o maior assalto da história do Paraguai, um veículo da Polícia Militar do Paraná caiu em um riacho na tarde desta segunda-feira (24).

    Segundo a PM paranaense, não há informações sobre policiais feridos nem foi informado quem era o motorista do carro no momento da queda. A caça aos apontados como assaltantes aconteceu na cidade de Itaipulândia, próxima a Foz do Iguaçu, no extremo oeste do Estado.

    Ao menos três suspeitos morreram em troca de tiros com a Polícia Militar e com a Polícia Federal –outros quatro teriam sido presos. Um policial paraguaio também foi morto na ação.

    Reprodução/Video
    Carro da Polícia Militar do Paraná cai em riacho durante perseguição a bandidos nesta segunda
    Carro da Polícia Militar do Paraná cai em riacho durante perseguição a bandidos nesta segunda

    A ação ocorreu no mesmo dia em que criminosos invadiram, durante a madrugada, a sede da transportadora de valores Prosegur em Ciudad del Este, próximo à fronteira com o Brasil, e roubaram cerca de US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 120 milhões.

    A sede da empresa fica a 4 km da Ponte Internacional da Amizade, na fronteira paraguaia com Foz do Iguaçu.

    Autoridades paraguaias, a Polícia Federal brasileira e a Polícia Militar do Paraná trabalham em conjunto na busca do grupo de assaltantes. Segundo a imprensa local, informações preliminares apontam para a participação da facção PCC (Primeiro Comando da Capital).

    O ministro do Interior paraguaio, Lorenzo Lezcano, disse à Folha que esse foi um assalto "de dimensões que jamais existiram" no país e que os suspeitos são brasileiros. Mais cedo, ele havia afirmado à rádio ABC Cardinal que a maioria dos carros usada no assalto tinha placa do Brasil e que uma vítima afirmou ter ouvido os criminosos falarem em português.

    MODUS OPERANDI

    O modus operandi da ação desta segunda lembra recentes casos ocorridos no interior de SP, com quadrilha armada com fuzis e metralhadoras, explosões e barricadas com carros incendiados para conter a perseguição policial.

    Desde novembro de 2015, o Estado de São Paulo passou por uma série de mega-assaltos a transportadoras de valores que ocorreram de forma semelhante ao roubo em Cidade del Este.

    O primeiro ocorreu em Campinas. Até setembro do ano passado, houve outros quatro casos: um também em Campinas, os outros em Santos, Ribeirão Preto e Santo André. Eles resultaram na morte de cinco pessoas –três delas policiais.

    O dinheiro levado nesses ataques e em outros semelhantes na Bahia e no Pará nesse mesmo período chegou a R$ 160 milhões, sem incluir os prejuízos, por exemplo, com a reforma dos prédios, que em alguns casos ficaram totalmente destruídos devido aos explosivos.

    Assustados, moradores do entorno de empresas desse tipo passaram a se mobilizar para tentar afastá-las de áreas urbanas. Já as empresas decidiram investir R$ 50 milhões em um sistema próprio de defesa, em parceria com o governo paulista.

    Editoria de Arte/Folhapress
    OF Mega assalto

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