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    José Donizeti Costa (1956-2017)

    Mortes: Jornalista apaixonado, lutou pela classe

    KELlY MANTOVANI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    26/04/2017 00h00

    Jornalismo era algo que José Donizeti Costa conhecia bem e a fonte de seu prazer. Gostava de escrever, ouvir histórias, lutar pela profissão.

    Nascido em Vargem Grande do Sul, no interior paulista, foi ter o seu primeiro emprego já em São Paulo, como auxiliar administrativo. Logo deixaria a carreira que começava de lado para estudar jornalismo na Cásper Líbero.

    Começou na profissão nos anos 1980, passando por "DCI", "Gazeta Esportiva" e editora Abril. Ficou 20 anos no "Diário de S. Paulo" onde assumiu uma luta por direitos trabalhistas quando o jornal foi vendido.

    Depois, ainda entrou para a direção do Sindicato dos Jornalistas de SP, onde foi secretário de sindicalização e diretor executivo nos anos 2000.

    Entre os vários assuntos que cobriu, gostava principalmente de cultura, em especial música. Apaixonado por sertanejo de raiz, arriscava até suas próprias canções nos intervalos de trabalho, lembra o amigo José Antônio Leite.

    Orgulhoso do que fazia, Donizeti levava os filhos ao trabalho, o que inspirou os dois mais velhos a seguir seus passos. "Ele sentia prazer em compartilhar o que aprendia", conta o filho Danilo.

    Fora dos jornais, tinha uma vida boêmia, era fanático pelo Corinthians e colecionava CDs, DVDs, discos e livros –tinha mais de 5.000.

    Publicou o livro "Ler Faz Bem à Alma" em 2006 e estava com um projeto para biografar um empresário musical. Não deu tempo.

    Após lutar por dois anos contra um câncer, morreu no dia 6, aos 60. Deixa a mãe, dois irmãos, quatro filhos e dois netos.

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