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    Antonio José Amadeu (1952-2017)

    Mortes: As três grandes paixões de Antonio Amadeu

    PAULO GOMES
    DE SÃO PAULO

    27/04/2017 00h00

    Quando Alzira, sua namorada desde o colégio, foi para Campinas estudar, Toninho pediu transferência do banco em que trabalhava.

    Seguiu o amor até Campinas e lá descobriu outro –a Ponte Preta, time de futebol da cidade. Os três filhos que teve com Alzira são todos ponte-pretanos, e um deles inclusive chegou a jogar nas categorias de base da equipe.

    Filho de um comerciante e de uma dona de casa de Leme (a 188 km de São Paulo), Antonio José Amadeu perdeu o pai quando tinha seis anos.

    Era o caçula temporão entre os nove filhos do casal, e, sem o principal provedor de casa, se viu forçado a trabalhar a partir dos dez –vendia verduras em um comércio.

    Emendaria empregos até chegar ao banco, onde desenvolveu o talento para a contabilidade. De lá iria para a IBM, onde se aposentou e manteve os amigos do futebol, que jogava às sextas.

    Da Leme de sua infância, guardaria a paixão pela pesca. Com os irmãos, comprou um terreno na beira do rio Mojiguaçu, onde se reuniam para pescar. Mas o verdadeiro refúgio de Batatinha, como era chamado Antonio, por sua estatura, era no rio Miranda, no Mato Grosso do Sul.

    Virou sócio de um rancho às margens do rio e ia duas vezes por ano passar uma semana pescando. Gostava tanto que disse ao cunhado que, se vivesse mais dez anos, teria 20 oportunidades de ir lá. "Então temos que ir todas as vezes."

    Um câncer no pâncreas o impediu de ir mais uma vez nas próximas semanas e de ver a sua Ponte Preta em mais uma final. Morreu no dia 11, aos 64. Deixa a mulher, três filhos e quatro netos.

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