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    Homem que fez 'casa' sob Minhocão será empregado pela prefeitura em SP

    DE SÃO PAULO

    27/04/2017 13h08

    Prefeitura de São Paulo/Divulgação
    Wlademir Delvechio passará por capacitação profissional para trabalhar em programa da gestão Doria
    Wlademir Delvechio passará por capacitação profissional para trabalhar em programa da gestão Doria

    Wlademir Delvechio, o morador de rua que vivia em uma espécie de sala de estar debaixo do Elevado Presidente João Goulart (Minhocão), no centro de São Paulo, vai integrar o Trabalho Novo, programa da gestão Doria voltado para os sem-teto.

    A prefeitura informou que Delvechio, 33, foi encaminhado para o Centro de Acolhida Prates, na Barra Funda, na zona oeste. Ele já fez sua primeira carteira de trabalho, está renovando seus documentos e recebendo auxílio psicológico. O próximo passo de Delvechio é passar por capacitação profissional para atuar em uma empresa do programa em vaga a ser definida.

    Vlademir Delveccio nos dias 20 e 24 de abril, antes e depois de ter suas coisas levadas pela prefeitura
    Eduardo Anizelli/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 20-04-2017, 23h30: Retrato de Vlademir Delveccio, 33, que mora na rua e fez sua casa na parte de baixo do minhocao, no centro de Sao Paulo. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress, COTIDIANO) ***EXCLUSIVO***
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 20-04-2017, 23h30: Retrato de Vlademir Delveccio, 33, que mora na rua e fez sua casa na parte de baixo do minhocao, no centro de Sao Paulo. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress, COTIDIANO) *EXCLUSIVO*

    Conforme noticiou a Folha na terça-feira (25), os móveis e pertences de Delvechio foram retirados do Minhocão por um caminhão da Prefeitura Regional da Sé. O "cômodo", que tinha sofá, tapete, armários e quadros começou a ser montado há três meses com objetos recolhidos no lixo.

    "Estava começando a ficar famoso, acho que não gostaram. Mas vamos dar dor de cabeça para essa galera. Vou montar tudo de novo, até arrumarem nossa vida", disse Delvechio à Folha na terça.

    Um novo decreto de Doria, de janeiro, suprimiu itens de norma anterior, de Fernando Haddad (PT), e passou a liberar na prática a retirada completa das favelinhas da cidade. A regra da gestão anterior proibia a apreensão de "papelões, colchões, colchonetes, cobertores, mantas, travesseiros, lençóis e barracas desmontáveis" de moradores de rua. Agora essa retirada passou a ser permitida, o que facilita a retirada completa de barracos nas ruas e calçadas da cidade.

    TRABALHO NOVO

    Programa quer empregar todos os sem-teto até o fim do ano

    14 moradores de rua demitidos desde janeiro
    250 moradores de rua contratados desde janeiro
    20.000 meta de número de empregados até dez.2017
    9.090 vagas de emprego anunciadas pela prefeitura

    número de sem-teto - Segundo censo de 2015, em milhares

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