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    Padrasto acusado de matar o menino Joaquim em SP é preso na Espanha

    MARCELO TOLEDO
    DE RIBEIRÃO PRETO

    27/04/2017 13h59

    Reprodução
    29.11.2013 - A mãe do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, morto em Ribeirão Preto (SP), disse que não contou à polícia sobre o perfil agressivo e ciumento do companheiro, antes do corpo do garoto ser encontrado no Rio Pardo, porque acreditava que ele tivesse sequestrado o enteado. A declaração da psicóloga Natália Ponte está em um novo trecho do depoimento prestado por ela à polícia no dia 18 de novembro e divulgado pelo Ministério Público. Na mesma ocasião, Natália também disse que a morte de Joaquim interessaria ao companheiro, o técnico em TI Guilherme Longo porque, após o menino ser diagnosticado com diabetes, o ex-marido dela e pai de Joaquim, o produtor de eventos Arthur Marques, telefonava diariamente para saber notícias do garoto. Por fim, a mãe afirmou que acredita que Longo matou Joaquim. Foto reproducao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, morto em Ribeirão Preto (SP)

    Sete meses após ser considerado foragido, o técnico em informática Guilherme Raymo Longo, padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, 3, foi preso na Espanha.

    O menino desapareceu de casa, em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), em 5 de novembro de 2013, e seu corpo foi encontrado cinco dias depois, no rio Pardo, em Barretos (a 423 km de São Paulo).

    Para a Promotoria, Longo matou o enteado, que era diabético, com uma alta dosagem de insulina, dentro da casa da família, no Jardim Independência, em Ribeirão.

    Após a morte de Joaquim, ainda segundo a Promotoria, Longo jogou o corpo no córrego Tanquinho, localizado a cerca de 200 metros de onde moravam e, de lá, ele teria sido levado até o ribeirão Preto, afluente do rio Pardo.

    Ainda não há detalhes sobre há quanto tempo Longo estava na Espanha nem quando retornará ao país.

    A prisão foi feita pela Interpol nesta quinta-feira (27), em Barcelona. Ele deve ser levado para a penitenciária de Tremembé.

    O técnico em informática passou a ser considerado foragido em setembro, após confessar em uma entrevista à TV ter matado o enteado.

    Após a entrevista, o pai do garoto, Arthur Paes, espalhou outdoors em busca de seu paradeiro em quatro cidades paulistas, com a ajuda de colegas de trabalho.

    SEM ÁGUA

    Exames feitos pelo IML (Instituto Médico Legal) descartaram que o menino tenha morrido afogado, já que não havia água em seus pulmões.

    Longo foi denunciado homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já a mãe de Joaquim, Natália Ponte, foi denunciada por suposta omissão.

    Ela mora em São Joaquim da Barra, na região de Ribeirão Preto, com os pais e um filho, fruto do relacionamento com Longo.

    A Folha não obteve contato com a defesa de Longo nesta quinta.

    A defesa do técnico em informática já pediu exame nas vísceras do garoto para comprovar se havia superdosagem de insulina. A defesa sempre alegou que não existem provas contra ele.

    Segundo especialistas, a insulina é metabolizada rapidamente pelo organismo, e seria difícil a perícia identificar uma superdosagem da substância no corpo do garoto.

    Edson Silva/Folhapress
    RIBEIRAO PRETO, SP, BRASIL, 04-11-2013: Fachada da casa onde o garoto Joaquim, 3, morava com a mãe Natália Mingoni Ponte e o padrasto Guilherme Longo acusados de matar o menino dia 3 de novembro. Caso Joaquim completa um mês sem solução pela polícia. ( Foto: Edson Silva/Folhapress) ***REGIONAIS***EXCLUSIVO***
    Fachada da casa em que o menino Joaquim morava com a família
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