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    Criada em SP, facção criminosa tenta dominar os presídios do país todo

    ROGÉRIO PAGNAN
    ENVIADO ESPECIAL AO RIO DE JANEIRO, A CUIABÁ (MT) E A PRESIDENTE PRUDENTE (SP)

    30/04/2017 02h00

    Avener Prado - 16.jan.2017/Folhapress
    Presos rebelados na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte
    Presos rebelados na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte

    A guerra entre facções criminosas que explodiu no início deste ano no Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte e deixou um saldo de ao menos 135 mortes em diferentes cadeias do país teve a sua primeira faísca três meses antes. Em 16 de outubro, no presídio de Monte Cristo, em Boa Vista (RR), 12 presos de um bando rival foram mortos por criminosos do PCC (Primeiro Comando da Capital) com brutalidade atroz: decapitações, esquartejamento e queima de detento vivo.

    Esse é considerado o primeiro movimento prático da facção paulista para a execução de seu plano: enfrentar diretamente bandos rivais para conquistar o domínio de todos os presídios do país e, assim, formar o que chamam internamente de a "República do PCC".

    Andressa Anholete/AFP

    Esse objetivo nacional, ainda distante, é semelhante ao que acontece em terras paulistas, com a hegemonia do crime organizado, o monopólio do tráfico de drogas e a obrigação dos criminosos de dar satisfação direta aos chefes do bando, como Marcos Camacho, o Marcola, preso no interior de São Paulo desde 1999.

    Durante dois meses, a reportagem da Folha percorreu três Estados, vasculhou documentos inéditos e sigilosos, conversou com policiais civis e militares, promotores, advogados, especialistas em segurança e secretários de Estado.

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