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    Morre idosa que acusou enfermeiro de agressão em hospital municipal

    WILLIAM CARDOSO
    DO "AGORA"

    01/05/2017 21h45

    A dona de casa Thereza de Jesus Garcia, 78, morreu neste sábado (29) no Hospital do Servidor Público Municipal, na Aclimação (zona sul de São Paulo). Ela afirmou ter sido agredida no rosto, com socos e tapas, por um enfermeiro de plantão, na madrugada de 16 de abril.

    Três dias antes, ela havia passado por uma cirurgia para desobstruir uma artéria na perna esquerda. Internada e com hematomas no lado direito do rosto, ela disse em vídeo gravado pela família que foi atacada pelo enfermeiro depois de pedir um copo de água. "Ele me xingou e me bateu até cansar", afirmou a idosa.

    Os familiares foram informados sobre o que tinha acontecido por uma assistente social e, logo depois do ocorrido, registraram um boletim de ocorrência no 5º DP (Aclimação) relatando as agressões.

    Reprodução/Facebook
    SAO PAULO,SP - 18/4/2017 - Thereza Aparecida, de 78 anos, internada na UTI do Hospital do Servidor Publico Municipal foi agredida por um enfermeiro na madrugada do ultimo domingo. Ele deu tapas no rosto da idosa, que se recupera de uma cirurgia vascular, apos ela pedir agua. A idosa ficou bastante machucada. O enfermeiro, Jamil Yoshiro Sazaki, que trabalha no hospital há 27 anos, foi afastado.(Foto: REPRODUCAO/Facebook, NAS RUAS) *** EXCLUSIVO AGORA SAO PAULO *** ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Thereza Aparecida, 78, internada na UTI com hematomas, em foto divulgada pela família

    Após a morte, o corpo de Thereza foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) e foi liberado para o enterro, que aconteceu neste domingo (30) no Cemitério Parque da Cantareira, na zona norte.

    Um dos três filhos de Thereza, o autônomo Edcarlos Garcia, 49, disse que a mãe teve três paradas cardíacas durante a internação e precisou ser entubada. Ele afirmou ainda que a família vai acionar o hospital na Justiça.

    "A cirurgia foi um sucesso, mas depois ela foi agredida. Ela ficou no quarto achando que o agressor iria entrar a qualquer momento para matá-la", contou.

    O hospital, sob a gestão de João Doria (PSDB), afirmou que se tratava de uma paciente idosa e com doenças pré-existentes. "A paciente foi submetida a uma cirurgia arterial de alto risco e a família estava ciente das possíveis complicações. Vale destacar que o óbito se deu por complicações pós-cirúrgicas, como insuficiência renal e cardíaca", afirmou, em nota.

    Em relação à denúncia, o hospital informou que uma sindicância está em andamento para investigar os fatos e que o funcionário permanece afastado de suas funções.

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