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    Saúde faz mobilização contra gripe no sábado; SP decide ampliar público-alvo

    DE SÃO PAULO

    12/05/2017 18h07 - Atualizado às 18h22

    Edson Silva - 02.ago.12/Folhapress
    Auxiliar de enfermagem aplica vacina contra gripe em posto de Ribeirão Preto, no interior de SP
    Auxiliar de enfermagem aplica vacina contra gripe em posto de Ribeirão Preto, no interior de SP

    Acontece neste sábado (13) a mobilização nacional da campanha de vacinação contra a gripe. Com isso, os postos de saúde de todo o país ficarão aberto. Segundo o Ministério da Saúde, serão 36 mil salas de vacinação operando no país, sendo 531 apenas na capital paulista.

    No Estado de São Paulo, o governo anunciou nesta sexta (12) a ampliação do público-alvo da campanha, incluindo agentes das polícias Militar, Civil e científica, bombeiros, carteiros, profissionais do Poupatempo, judiciário e Ministério Público. O Instituto Butantan disponibilizou 600 mil doses extras para esses novos grupos.

    O chamado Dia D acontece todos os anos para intensificar a campanha de vacinação, que neste ano começou em 17 de abril e seguirá até o próximo dia 26.

    A meta é imunizar 90% das crianças de seis meses a menores de cinco anos, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes e puérperas, presos, funcionários do sistema prisional e portadores de doenças crônicas. A novidade são professores, que passam a integrar o público-alvo.

    Até a tarde desta sexta, o ministério registrava 18,4 milhões pessoas imunizadas em todo o país, o que corresponde a 36% do público-alvo. Os Estados com a maior cobertura, até o momento, são: Paraná (57,6%), Rio Grande do Sul (56,1%) e Santa Catarina (53,2%). Já os Estados com menor cobertura são: Pará (16,4%), Roraima (17,6%) e Piauí (20%).

    Entre a população prioritária, os idosos têm a maior cobertura, com 9,1 milhões de doses aplicadas, o que representa 43,8% deste público, seguindo pelas puérperas (42,3%) e trabalhadores de saúde (41,8%). Os grupos que menos se vacinaram foram os indígenas (18,7%), crianças (26,6%), professores (25,7%) e gestantes (32%).

    A vacina protege contra os três subtipos do vírus (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B) e pode demorar até 15 dias para começar a fazer efeito. As únicas contraindicações são para pessoas com histórico de reação anafilática prévia ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer outro componente da vacina.

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    A campanha nacional de vacinação

    Público-alvo
    > Pessoas de 60 anos ou mais
    > Crianças de 6 meses a 5 anos
    > Trabalhadores da saúde
    > Professores
    > Indígenas
    > Gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto)
    > Portadores de doenças crônicas
    > Presos e jovens que cumprem medidas socioeducativas
    > Funcionários do sistema prisional

    Calendário
    17 de abril - Início da campanha de vacinação
    2 e 3 de maio - Vacinação de professores nas escolas públicas e privadas
    13 de maio - Dia D, com postos abertos em todo o país
    26 de maio - Fim da campanha

    Contra quais vírus a vacina protege?
    A vacina dada na rede pública é a trivalente, contra três tipos de vírus da gripe, definidos a cada ano pela OMS –em geral, são variações do A (H1N1), A (H3N2) e B. Na rede privada também é oferecida a quadrivalente, contra mais um tipo.

    Ela é 100% eficiente? É segura?
    A eficácia da vacina é de 60% a 90%, dependendo da idade do paciente e de fatores como infecções e doenças crônicas. Ela é segura; o máximo que pode acontecer são dores locais, febre baixa e mal-estar.

    Quanto tempo ela dura?
    Ela demora cerca de 15 dias para começar a fazer efeito e é útil por aproximadamente um ano. Normalmente as cepas mudam, por isso é preciso se vacinar todo ano, mesmo se você já foi infectado alguma vez na vida.

    Quem não pode tomar?
    Bebês menores de 6 meses e quem já teve reações anafiláticas em aplicações anteriores. Quem teve a síndrome de Guillain-Barré ou tem reações alérgicas graves a ovo –a vacina contém traços de proteínas do alimento– também deve ter cautela.

    Estou resfriado, posso tomar a vacina?
    Sim, desde que não esteja com febre.

    Qual é a diferença entre gripe e resfriado?
    No resfriado, os sintomas são nariz escorrendo, espirros, um pouco de dor no corpo e às vezes febre baixa e tosse. Já a gripe se inicia de repente e tem como principais marcas febre alta, tosse seca e fortes dores no corpo e de garganta. Ela também pode evoluir e provocar complicações no pulmão, resultando em falta de ar.

    Fonte: Ministério da Saúde

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