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Ladrão usa refém como escudo ao se entregar à polícia durante assalto a agência dos Correios em SP |
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Cotidiano
Wednesday, 08-May-2024 00:13:22 -03Polícia liberta funcionários dos Correios feitos reféns em agência de SP
WILLIAM CARDOSO
DO "AGORA"
DE SÃO PAULO15/05/2017 14h26 - Atualizado às 22h38
Uma tentativa de assalto a uma agência dos Correios na Vila Formosa, na zona leste de São Paulo, terminou nesta segunda (15) com seis funcionários feitos reféns. Depois de cerca de quatro horas de negociação, a polícia conseguiu libertar as pessoas e prender o ladrão.
O crime aconteceu antes mesmo da abertura da agência. Segundo o major Valmor Saraiva, a tesoureira responsável pelo cofre da unidade foi rendida ao sair de sua casa, em Itaquera (zona leste), e levada até o local de trabalho.
Na entrada, por volta das 8h30, mais cinco funcionários foram feitos reféns pelo bandido, armado com um revólver calibre.38.
A descrição do crime levou a polícia a desconfiar que quem participou do assalto conhecia a rotina e sabia quais eram as funções de cada um dos funcionários.
A Polícia Militar chegou rapidamente ao local. Um dos PMs que participaram da ocorrência afirma que recebeu via rádio, durante um patrulhamento de rotina, a informação de que uma funcionária dos Correios tinha se tornado refém de um bandido.
No mesmo momento, ele seguiu direto para a agência mais próxima de sua área, imaginando que talvez o criminoso pudesse levar a mulher para lá.
Paulo Lopes/Futura Press/Folhapress Policiais do Gate em frente ao local do assalto, na Vila Formosa (zona leste de SP) Como o 58º DP (Vila Formosa) estava sem acesso ao sistema de registro de boletins de ocorrência, o delegado responsável ouviu as testemunhas no 31º DP (Vila Carrão).
Lá, um funcionário disse à reportagem que o ladrão exigiu que todos ficassem de joelhos, sob a mira da arma, durante boa parte do tempo. Somente depois permitiu que se sentassem em cadeiras.
O funcionário, que preferiu não se identificar, disse que o ladrão ficou o tempo todo ao telefone e que parecia irritado pelo fato de os comparsas não terem invadido a agência junto com ele.
O suspeito só se entregou após uma tensa negociação com a polícia, que contou com a participação de policias do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais). Para libertar os reféns, ele exigiu o uso de um colete à prova de balas e, ao deixar o local, fez uma das funcionárias de escudo humano.
Os funcionários foram sendo libertados um a um. Muito abalados, receberam apoio psicológico no local. Ninguém se feriu.
Segundo o marido de uma das vítimas, trata-se do quinto assalto em pouco mais de um ano na mesma agência.
Os Correios disseram, em nota, que o caso está sob investigação e que "eventuais prejuízos estão sendo apurados". A empresa afirmou que dá apoio aos funcionários e que não fornece detalhes ou estatísticas, por se tratar de assunto de segurança.
O suspeito não teve a identidade revelada. A Polícia Militar informou que está à procura do segundo homem que deu apoio ao crime, e a Polícia Civil, que os funcionários estão sendo ouvidos.
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