Um motorista do aplicativo de transporte Uber foi encontrado morto com um tiro na cabeça dentro de seu próprio veículo, na manhã desta quinta-feira (18), no Capão Redondo, bairro da zona sul de São Paulo.

Segundo a polícia, o corpo do engenheiro Evandro Santos de Oliveira, 34, estava dentro de um Hyundai HB20 na rua Gonçalo Barros.

A vítima apresentava um ferimento a bala na cabeça. O tiro entrou por uma das têmporas. Pessoas que passavam pelo local e viram o corpo acionaram a polícia.

Segundo a polícia, tanto o celular de Oliveira quanto sua carteira, com documentos, continuavam no local. Apesar disso, é cogitada a hipótese de tentativa de assalto.

A vítima, inclusive, teria sido morta com a chave do carro em uma das mãos.

Todos os objetos encontrados, assim como o carro de Oliveira, foram apreendidos para investigação, processo que está sendo conduzido pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). O caso foi registrado no 47º DP (Capão Redondo).

Segundo a reportagem apurou, apenas o chip do telefone da vítima teria sido levado, mas a informação não foi confirmada pela Secretaria de Segurança da gestão Geraldo Alckmin (PSDB).

O pai de Oliveira disse à polícia que o engenheiro estava desempregado e, há cerca de três meses, começou a trabalhar como motorista do Uber.

Neste mês, a Folha analisou 1.120 boletins de ocorrência em que aparece a palavra "Uber", feitos no Estado entre janeiro de 2015 e fevereiro de 2017, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

Desse total de queixas, 684 tinham relação direta com o aplicativo, que domina cerca de 90% desse tipo de serviço na capital paulista.

A maior quantidade de registros se referia a roubos, furtos e sequestros-relâmpago (319), conflitos com taxistas (153) ou acidentes de trânsito (135). Na maioria dos casos, os motoristas do aplicativo foram vítimas de crimes.