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    Traficante do 'pedágio do crack' é preso pela PM na zona oeste de SP

    DE SÃO PAULO

    24/05/2017 13h33 - Atualizado às 17h11

    Avener Prado/Folhapress
    Em minicracolândia na Vila Leopoldina, zona oeste de SP, homem flagrado pela Folha é aborda motoristas para oferecer drogas
    Suspeito flagrado pela Folha oferecendo drogas é detido na Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo

    A Polícia Militar prendeu, na manhã desta quarta (24), o traficante que oferecia crack a motoristas que passavam na esquina da avenida José César de Oliveira com a rua Doutor Avelino Chaves, na Vila Leopoldina, bairro da zona oeste de São Paulo.

    O suspeito foi preso em flagrante em um cruzamento próximo ao local onde foi visto pela reportagem em uma espécie de pedágio do crack. Como a Folha mostrou na última segunda (22), ele se portava como flanelinha, mas não oferecia vagas de estacionamento, mas sim pedras de crack.

    De acordo com Antonio Rivoiro, capitão do 4º Batalhão da PM, o suspeito, que ainda não teve a identidade revelada, portava 137 pedras de crack, 17 porções de cocaína, 13 porções de maconha e mais um tablete de maconha. A droga estava escondida numa bolsa pequena.

    "Ele foi encontrado em atitude suspeita e tentou fugir para dentro dos prédios do CDHU [Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) quando viu os policiais."

    Rivoiro disse ainda que o suspeito possui ficha criminal por tráfico de drogas. Ele e a droga apreendida foram levados para o 91º DP (Ceagesp).

    A PM informou que a prisão ocorreu durante uma operação, iniciada em abril e que vai durar cem dias, para coibir crimes de roubo de veículos e cargas em São Paulo.

    MINICRACOLÂNDIAS

    A região em que o suspeito foi preso é uma das oito áreas consideradas pela prefeitura como "minicracolândias" fora do tradicional ponto de tráfico e consumo de crack na região da Luz, no centro.

    Diferentes da "matriz", essas áreas não contam com rede de apoio estruturada e permanente como no centro, que tem programas recuperação da prefeitura e do governo estadual. Em um dos pontos, no Jabaquara (zona sul), só há assistência social e médica uma vez a cada 15 dias.

    Também há pouca presença de ONGs que ajudem na alimentação dos dependentes ou que fiscalizem a atuação policial -algo comum na cracolândia da região central.

    No domingo (21), a cracolândia "original" passou por operação policial que prendeu traficantes e reprimiu aglomerações de viciados –em uma ação celebrada pelos governos tucanos de Geraldo Alckmin e João Doria.

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