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    Ministério estende vacinação contra a gripe a toda a população a partir de 2ª

    CLÁUDIA COLLUCCI
    DE SÃO PAULO

    NATÁLIA CANCIAN
    DE BRASÍLIA

    02/06/2017 19h18 - Atualizado às 19h49

    Shutterstock
    Com doses em estoque, campanha de vacinação contra a gripe é estendida para toda a população
    Com doses em estoque, campanha de vacinação contra a gripe é estendida para toda a população

    A vacina contra a gripe estará liberada para toda a população a partir de segunda-feira (5), enquanto durarem os estoques. O anúncio foi feito nesta sexta (2) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros.

    Segundo o ministério, a medida só é válida neste ano e foi adotada porque ainda há um estoque disponível de 10 milhões de doses, de um total de 60 milhões adquiridas.

    Até nesta sexta, 76,73% do público-alvo, cerca de 41,3 milhões, havia se vacinado. A meta é alcançar 90%. A campanha foi prorrogada para até o dia 9 de junho.

    "Neste ano, tivemos poucos casos por influenza devido à baixa circulação do vírus. Em consequência disso, o público-alvo procurou menos os postos de saúde. Para que não haja desperdício, já que estas vacinas só valem por um ano, decidimos estender a todas as faixas etárias, enquanto durarem os estoques", afirmou Barros.

    Nenhum grupo prioritário atingiu a meta de vacinação. Entre os públicos-alvo, os trabalhadores da saúde registraram a maior cobertura vacinal (84,5%), seguido pelos idosos (83,8%) e indígenas (83,6%).

    Os grupos que menos se vacinaram são as crianças (62,3%), gestantes (62,4%), professores (76,7%) e puérperas (83,2%). Além do grupo prioritário, também foram aplicadas 8,4 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional.

    Carla Domingues, coordenadora Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, diz que é muito importante o público-alvo ainda se imunizar para evitar a gripe e suas possíveis complicações.

    Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.

    Questionado se a ampliação não pode levar à falta de vacinas para parte do público-alvo que buscar os postos de saúde na próxima semana, o ministro admite que há esse risco. "Há o risco, mas a vacina tem que ser aplicada antes do início do inverno. Por isso tínhamos uma data final da campanha. Prorrogamos a campanha, a adesão não melhorou. Como tenho 10 milhões de doses não aplicadas, preferi liberar para todos. É melhor algum brasileiro ser vacinado do que a vacina ficar vencida esperando que alguém que tenha direito apareça. O tempo para o público-alvo buscar o seu direito já foi ultrapassado", disse à Folha.

    A vacina ofertada no SUS protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).

    Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

    As contraindicações são para pessoas com histórico prévio de reação anafilática ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados, assim como a outros componentes da vacina.

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