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    Neusa Amélia de Moraes Costa (1929-2017)

    Mortes: Educadora devota, tirava os alunos da roça

    THIAGO AMÂNCIO
    DE SÃO PAULO

    05/06/2017 00h00

    Era sobre o lombo de um cavalo que Neusa Amélia de Moraes Costa chegava ao trabalho, em 1948, numa escola na zona rural de Custódia, a 335 quilômetros do Recife.

    No tempo em que deu aulas em diferentes cidades do interior pernambucano, ia de casa em casa para saber se havia crianças sem estudar, conta a filha Luciana, ou para convencer os pais a liberarem os meninos do trabalho nas lavouras.

    Nascida na zona rural de Bezerros (a 115 km do Recife), Neusa era sedenta por conhecer o mundo e conseguiu ser transferida para a capital no início dos anos 1950, levando consigo os pais, que tinham um armazém no interior.

    Lá, trabalhou com alfabetização de adultos. A entrega à educação não era só na sala de aula: em casa, recebia familiares ou mesmo conhecidos que vinham do interior para estudar, além de ajudar com despesas financeiras sempre que podia.

    Fazia tudo com o marido, José, com quem foi casada por 55 anos e teve seis filhos. Católica devota, dedicou-se à Igreja depois de se aposentar.

    Realizou-se na comemoração de seus 60 anos, quando conheceu o Santuário de Fátima, em Portugal, o Vaticano e outros pontos turísticos religiosos.

    Vaidosa, preocupou-se em se maquiar até quando foi internada por uma pneumonia, dias antes de morrer, no último dia 17 –notícia que emocionou do porteiro ao entregador de água, conta Luciana.

    Deixa seis filhos, 12 netos, quatro bisnetos e três irmãs. Uma missa em sua homenagem acontecerá no próximo dia 17, na capela do Colégio Virgem Poderosa, no Recife.

    coluna.obituario@grupofolha.com.br

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