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    Estátuas amanhecem com curativo em SP para estimular a doação de sangue

    JAIRO MARQUES
    DE SÃO PAULO

    14/06/2017 02h00

    Giovanni Bello/Folhapress
    Estátua em frente ao parque Trianon, na Paulista, ganha curativo como parte de campanha para doação de sangue
    Estátua em frente ao parque Trianon, na Paulista, ganha curativo em campanha pela doação de sangue

    Além de um marco pessoal de solidariedade, doadores de sangue de São Paulo terão também uma lembrança física diferente depois de promoverem a ação: a partir desta quarta-feira (14), o curativo colocado na pele do doador, ao final da seção de retirada, deixa ser transparente para ser vermelho.

    Para dar publicidade à medida e celebrar o Dia Mundial do Doador de Sangue, sete estátuas paulistanas amanheceram com partes de suas estruturas com uma simulação do adesivo vermelho.

    Participam o Borba Gato, em Santo Amaro (zona sul); o Anhanguera, na avenida Paulista; Cristóvão Colombo, na praça Panamericana, O Semeador, na praça Apecatu (zona oeste); Pedro Álvares Cabral, no parque Ibirapuera; além de Padre José de Anchieta, na praça da Sé, e Augusto de Prima Porta, no Arouche, ambas no centro.

    "A ação nos monumentos é para fazer lembrar a doação de sangue e o doador, que é um anônimo, sem poder ser substituído por nenhum medicamento, e que participa do restabelecimento da saúde de uma pessoa enferma", diz Susana Lambert, diretora da Fundação Pró-Sangue.

    Segundo ela, "quem vir uma estátua com o curativo pode pensar na importância do ato e se questionar sobre a possibilidade de doar".

    Giovanni Bello/Folhapress
    Homem coloca marca simulando sangue em estátua na frente do parque Trianon pela doação de sangue
    Homem coloca marca simulando sangue em estátua na frente do parque Trianon pela doação de sangue

    A intenção da campanha é elevar ainda mais a importância e o reconhecimento do doador e estimular que mais pessoas adiram ao hábito de doar sangue, que tem no país frequência muito abaixo do preconizado pela ONU.

    No Brasil, apenas 1,9% da população é doadora, enquanto a meta, atingida por países mais desenvolvidos, é entre 3% e 5%.

    Com a chegada do inverno e das férias escolares, os estoques de sangue ficam ainda mais comprometidos, entrando em níveis críticos, o que é mais um motivador da campanha "Eu Dou o Sangue: Quem Doa o Sangue Merece ser Reconhecido".

    "Como ainda não temos no país um trabalho constante que fale de doações nas escolas, que cultive doadores, vivemos sempre em risco, com estoques baixos. Então, precisamos sempre de estratégias para lembrar as pessoas, para provocá-las, a respeito da doação ", declara Susana.

    Para Gal Barradas, sócia da agência BETC/Havas, criadora da iniciativa, o novo curativo "é uma espécie de condecoração, uma homenagem, um convite a novos doadores e também sinal de gratidão".

    Nesta quarta, atletas do Corinthians e do Santos vão entrar em campo em suas partidas pelo Campeonato Brasileiro usando o novo ícone da doação.

    Para ser doador de sangue é preciso estar em boas condições de saúde, estar alimentado, ter entre 16 e 69 anos e pesar mais de 50 kg. É preciso também apresentar um documento com foto.

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