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    Metroviários de SP ameaçam parar na sexta-feira contra reforma do governo

    DE SÃO PAULO

    28/06/2017 14h25 - Atualizado às 18h11

    Eduardo Knapp-28.abr.2017/Folhapress
    Estação Trianon-Masp vazia em dia de paralisação do metrô em São Paulo; categoria deve parar na sexta
    Estação Trianon-Masp vazia em dia de paralisação do metrô em São Paulo; categoria deve parar na 6ª

    Os metroviários de São Paulo ameaçam fazer uma paralisação na próxima sexta-feira (30) contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas do governo federal. Se confirmada, essa será a terceira vez no ano que os funcionários do Metrô paulista param de trabalhar.

    O indicativo de greve foi aprovado pela categoria em assembleia realizada na última quinta-feira (22). Uma nova reunião será realizada nesta quinta (29) para confirmar a decisão e definir se será uma paralisação de uma ou de 24 horas. Nas últimas vezes, a paralisação foi de um dia.

    O Metrô paulista tem cerca de 9.200 funcionários, sendo que dois terços deles estão diretamente envolvidos na operação dos trens e estações, e transporta cerca de 4 milhões de pessoas (média mensal de 2016) pelas linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha, 5-lilás e 15-prata.

    Apenas a linha 4-amarela, que liga a Luz ao Butantã e é administrada pela empresa ViaQuatro, deverá continuar a operar normalmente em caso de paralisação da categoria.

    Os metroviários pressionam ainda o governo contra a concessão de linhas como a 5-lilás e os monotrilhos das linhas 15-prata e 17-ouro, além da terceirização do serviço de venda de bilhetes, já iniciada na linha 5-lilás.

    O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) concedeu uma liminar ao Metrô, nesta quarta, determinando que o sindicato mantenha 80% dos trabalhadores no horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) em caso de paralisação. Nos demais períodos, o efetivo deverá ser de 60%. Em caso de descumprimento, será aplicada multa no valor de R$ 100 mil.

    Os metroviários já realizaram duas paralisações em 2017: uma no dia 15 de março e em 28 de abril. Em ambas, os funcionários do Metrô apoiaram greve geral convocada por centrais e movimentos sociais contra as reformas da Previdência e das leis trabalhistas.

    Diferente dos protestos anteriores, os ônibus e a trens não deverão ser afetados pela paralisação desta sexta. O Sindmotoristas (sindicatos dos motoristas e cobradores de ônibus) e os sindicatos Sorocabana e Central do Brasil (que representam funcionários das linhas 8, 9, 11 e 12 da CPTM) dizem que não devem parar.

    Apenas o Sindicato dos Ferroviários de SP, que representa funcionários que atuam nas linhas 7 e 10 da CPTM devem realizar ainda uma assembleia para definir se vão aderir ou não à paralisação. A reunião está prevista para a noite desta quinta (29).

    EDUCAÇÃO

    A Apeoesp (sindicato dos professores estaduais) também convocou os professores de todo o Estado para aderir a paralisação desta sexta.

    Segundo o próprio sindicato, por ser final de semestre, já são pouco os professores que estão com aluno nas salas de aula, mas a recomendação foi feita para que os docentes parem e participem dos protestos previstos para o dia. Na capital paulista, a Apeoesp deve participar do protesto programado para as 14h na avenida Paulista.

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