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    SP ociosa

    Restaurada duas vezes, antiga sede do governo paulista está vazia há 11 anos

    RAUL JUSTE LORES
    DE SÃO PAULO

    03/07/2017 02h00

    Eduardo Knapp - 23.dez.2016/Folhapress
    Sala do Palácio dos Campos Elísios, no centro de São Paulo; imóvel passou por dois restauros
    Sala do Palácio dos Campos Elísios, no centro de São Paulo; imóvel passou por dois restauros

    A poucas quadras da cracolândia, agora na esquina das ruas Cleveland e Helvétia, no centro de São Paulo, o Palácio dos Campos Elíseos está vazio há 11 anos.

    O antigo palácio do governador do Estado já recebeu dois restauros na última década. O último, da parte interna, custou R$ 20 milhões e terminou no ano passado.

    Sede do governo do Estado de 1912 a 1965, também abrigou a Secretaria de Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento, sua última inquilina, até 2006. Não estava bem preservado.

    O primeiro restauro, entre 2008 e 2010, só tratou da parte externa e da cobertura. O então governador José Serra (PSDB) ensaiava levar o gabinete do Palácio dos Bandeirantes para o dos Campos Elíseos. Seu sucessor, Geraldo Alckmin (PSDB), no entanto, engavetou a ideia.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Já em 2012, surgiu outro projeto para aproveitar o esplendor do palácio. Inaugurado em 1899, como residência do cafeicultor e político Elias Pacheco Chaves, era um rico catálogo de materiais importados, com lustres de cristal Baccarat, espelhos de Veneza e maçanetas feitas com porcelana de Sèvres.

    O governo paulista pretendia levar de volta ao imóvel todas as peças que estão espalhadas em prédios públicos (o Campos Elíseos foi comprado com toda a mobília dentro), e montaria ali o "Museu da Casa Paulista".

    À Folha, a Secretaria estadual de Cultura respondeu que a ideia é criar um museu "do morar brasileiro". Faltam, porém, um plano museológico, uma "revisão da fachada", apesar do restauro recente, e serviços de paisagismo, segundo a pasta.

    No Palácio dos Bandeirantes, entretanto, tal museu já se encontra na gaveta, e há negociações para ceder o prédio a alguma organização. O Sebrae foi sondado recentemente. Uma nova reforma do palacete da avenida Rio Branco com alameda Glete ainda está por vir.

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