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    Após 12 anos, presidente da Fundação Casa deixa cargo em São Paulo

    ROGÉRIO PAGNAN
    DE SÃO PAULO

    06/07/2017 02h00

    Zé Carlos Barretta - 01.ago.2013/Folhapress
    Berenice Giannella, que deixa a presidência da Fundação Casa
    Berenice Giannella, que deixa a presidência da Fundação Casa

    Após 12 anos no cargo, a procuradora Berenice Giannella não é mais a presidente da Fundação Casa de São Paulo. A saída dela foi confirmada na noite desta quarta-feira (5) pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), que elogiou o trabalho de Berenice, mas não explicou os motivos da não recondução.

    Em nota, o Palácio dos Bandeirantes disse que a agora ex-presidente "conclui seu mandato à frente da Fundação Casa, depois de 12 anos de exitosa gestão e inegáveis conquistas no trabalho de socioeducação e de estruturação da Fundação."

    Ainda segundo a nota, a fundação será presidida pelo pelo secretário de Justiça e Defesa da Cidadania, Márcio Elias Rosa, que "dará continuidade a todas as ações em curso e a Fundação."

    Segundo a Folha apurou, Berenice já tinha a intenção de deixar a presidência da Fundação Casa, mas não gostou da forma como a sua saída foi conduzida pelo governo Alckmin. Teria deixado a unidade sem se despedir dos colegas de trabalho.

    Pessoas que tiveram contato com ela anteriormente afirmam Berenice tinha a expectativa de ser convidada para ocupar outro posto na administração estadual, até como reconhecimento de seu serviço prestado. Dizem que seria o esperado diante do fato de ela ter "segurado o rojão" por mais de uma década.

    Berenice assumiu a instituição em 9 de junho de 2005, após conturbada administração de Alexandre de Moraes, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal. Conseguiu reduzir o número de rebeliões, de um patamar de 80 por ano para cerca de cinco.

    Também teria recebido uma instituição com problemas financeiros e conseguido equilibrar as contas. Nos últimos meses, porém, a Fundação Casa registrou fugas de internos e até resgate de adolescentes na unidade de Guaianases, na zona leste. Também há reclamações de superlotação de algumas unidades no Estado, que chegaram a recusar internações determinadas pela Justiça.

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