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    Após pichação em sua casa, Doria diz que manifestantes são 'safados'

    MARIANA ZYLBERKAN
    DE SÃO PAULO

    15/07/2017 17h24

    Bruno Santos/Folhapress
    Prefeito de São Paulo João Doria concede entrevista coletiva em frente a sua casa
    Prefeito de São Paulo João Doria concede entrevista coletiva em frente à sua casa

    O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), se referiu aos manifestantes que picharam o muro de sua casa na manhã deste sábado (15) como safados e sem-vergonha. "Cercaram a minha casa hoje, intimidaram a minha família e molestaram o lar de quem lutou pela democracia e venceu no voto. Quiseram me intimidar."

    O recado foi dado durante discurso em São Bernardo do Campo, no ABC, onde Doria fez a primeira ação do projeto de zeladoria Cidade Linda em parceria com prefeitura de um município vizinho. Ao lado do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), e do secretário das prefeituras regionais, Bruno Covas, Doria pintou o gradil que separa as duas cidades e plantou um pé de manacá.

    Doria disse que irá reforçar a segurança no entorno de sua casa e reclamou que o protesto impediu sua família de sair de casa por duas horas. "Não se faz manifestação dessa forma. Foi um ato de covardia."

    Em sua fala, também fez referência à frase pichada no muro de sua casa, "SP não está a venda". "A minha consciência não está a venda. Eu não vendo a minha honestidade. Eles têm preço, nós não temos preço."

    "Desestatizar é não abrir mais boquinha para os petralhas que não gostam de trabalhar e adoram assaltar o dinheiro público", afirmou.

    No fim da tarde, cerca de vinte militantes do MBL (Movimento Brasil Livre), que prestam apoio ao prefeito, foram à casa do tucano e cobriram a pichação com tinta branca. O prefeito postou um vídeo em sua página em uma rede social para agradecer o gesto.

    ATO CONTRA PRIVATIZAÇÃO

    Cerca de 200 manifestantes do grupo "Levante Popular da Juventude" compareceram à residência do prefeito, no Jardim Europa, na zona oeste, por volta das 9h30. O muro da casa foi pichado com a inscrição "SP não está à venda".

    O protesto foi marcado por gritos de ordem contra os projetos de desestatização, que são uma bandeira da gestão Doria. A dada altura, os manifestantes simularam um leilão de locais como o estádio do Pacaembu e o parque Ibirapuera, contemplados nos planos do prefeito.

    Um estudante de 23 anos foi detido, suspeito de ter feito a pichação no muro da casa. Ele também recebeu uma multa de R$ 5.000 da Prefeitura Regional de Pinheiros, nos termos de lei antipichação sancionada por Doria em fevereiro deste ano.

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