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    Rio de Janeiro

    Governo federal envia mil policiais da Força Nacional e PRF ao Rio

    LUIZA FRANCO
    DE BRASÍLIA

    20/07/2017 14h30 - Atualizado às 18h02

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Michel Temer acompanhado do presidente da câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do governador Pezão
    Michel Temer acompanhado do presidente da câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do governador Pezão

    O governo federal informou que mil homens da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal já estão reforçando a segurança no Rio de Janeiro.

    Em pronunciamento após reunião com o presidente Michel Temer (PMDB), nesta quinta-feira (20), o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) disse que o Estado receberia um reforço de 620 homens da Força Nacional –1,3%do efetivo da PM– e de 380 da Polícia Rodoviária Federal.

    No entanto, o Ministério da Justiça e a PRF dizem que as equipes já estão no Estado. Em meio ao agravamento da violência no Rio de Janeiro, o Ministério da Defesa também colocou as Forças Armadas à disposição do governo do Rio.

    "Estamos à disposição para apoiar esta fase Rio de Janeiro do Plano Nacional de Segurança", disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, após a reunião no Palácio do Planalto, na qual esteve presente também o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).

    As Forças serão acionadas se forem convocadas pelo governador, como aconteceu em fevereiro deste ano, quando elas foram empregadas na região metropolitana. Representantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica já estão no Rio, atuando na área de inteligência, no âmbito do Plano Nacional de Segurança, anunciado por Temer em janeiro.

    Com um buraco de R$ 21 bilhões nos cofres do Estado, o Rio vive desmonte da política de segurança pública.

    Raio-x da crise na cidade - Em R$ bilhões

    Dados do ISP (Instituto de Segurança Pública), ligado ao governo estadual, mostram que desde 2009 não é tão alta a taxa de crimes com morte violenta –homicídio intencional, roubo seguido de morte, lesão corporal seguida de morte e homicídio após oposição à intervenção policial.

    Não há recursos para contratar PMs aprovados em concurso. Policiais não receberam o 13º salário de 2016 nem o adicional por atingir metas e pelo trabalho na Olimpíada. A corporação denuncia o mau estado de equipamentos.

    A política de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) ruiu –um estudo da PM aponta que houve 13 confrontos em lugares com UPP em 2011, contra 1.555 em 2016. Nesse vácuo, tornaram-se mais frequentes confrontos entre os próprios grupos criminosos, o que, por sua vez, também atrai a polícia e provoca novos embates.

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