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    Clubes da Comunidade têm áreas abandonadas sob a gestão Doria

    DO "AGORA"

    24/07/2017 14h00

    Robson Ventura/Folhapress
    Gramado abandonado de Centro da Comunidade no Butantã, na zona oeste da capital paulista
    Gramado abandonado de Centro da Comunidade no Butantã, na zona oeste da capital paulista

    Falta de pintura e de redes em quadras e campos, lixo no chão e infiltrações são os principais problemas

    Estruturas muito bem conservadas e outras praticamente abandonadas. É o que o Vigilante Agora encontrou na segunda-feira, quando esteve em oito CDCs (Clubes da Comunidade), unidades esportivas de administração indireta da prefeitura.

    A gestão dos CDCs é feita por entidades das comunidades locais, por meio de associações comunitárias ou eleição pela população do bairro.

    Segundo a lei, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, sob a gestão João Doria (PSDB), é responsável pela fiscalização dos 284 CDCs.

    O clube mais degradado é o do Jardim Bonfiglioli, na região do Butantã (zona oeste). A quadra poliesportiva está sem pintura, as tabelas de basquete estão sem os aros e o piso está com rachaduras.

    "Antes, havia um caseiro que tomava conta e conservava a quadra, mas há muito tempo que ele saiu. Então a quadra está abandonada", disse a cabeleireira Aparecida de Cássia Carvalho Meirelles, 50 anos, vizinha da quadra.

    Também na zona oeste está outro clube em más condições. O campo de futebol do CDC Butantã está quase sem gramado. A cerca do local está derrubada, há lixo acumulado pela área do clube e a sede (incluindo banheiros e vestiários) tem infiltrações.

    No centro, a situação é melhor. O CDC Roberto Russo, no Bom Retiro, está com as instalações em ótimo estado.

    O CDC, casa do time de várzea Associação Atlética Anhanguera, tem um projeto social que incentiva talentos do futebol na zona norte, como na Brasilândia e no Jardim Peri _este último revelou o atacante Gabriel Jesus, hoje no Manchester City (ING).

    O projeto social beneficia 40 crianças carentes de 12 a 16 anos. "Fazemos tudo isso com recursos exclusivamente particulares, como os vindos dos aluguéis das quadras e do salão, sem nenhuma ajuda da prefeitura", afirmou Sidney Carlos Caran, diretor do CDC.

    OUTRO LADO

    A Secretaria de Esportes e Lazer da gestão João Doria (PSDB) afirma que as entidades são responsáveis pela manutenção dos CDCs, mas que a prefeitura fiscaliza o cumprimento dos contratos.

    Segundo o órgão, os clubes são orientados "a cumprir os termos da legislação pertinente sempre que alguma denúncia é trazida ao conhecimento da secretaria mediante notificação".

    A prefeitura diz que oito servidores são responsáveis pela fiscalização e que eles "zelam pela legitimidade formal e documental dos equipamentos". "Se constatado que o CDC desatende os termos da legislação, assim como as notificações da secretaria para regularização do equipamento, há prerrogativa de desativação do mesmo."

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